tag:blogger.com,1999:blog-13656437355288623552024-03-14T01:15:08.679-03:00Somos Mães Espaço para gestantes, mães e futuras mamãesAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/16857564677717682096noreply@blogger.comBlogger54125tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-9917185985007837472023-03-31T17:56:00.005-03:002023-03-31T18:01:54.935-03:00Curso para Gestantes Somos Mães<p style="text-align: center;"><span style="font-size: medium;"> </span>Turmas mensais - acesse o <a href="https://somosmaes.org.br/curso-de-gestantes/" target="_blank">link</a> para mais informações</p><p style="text-align: center;">Veja como foi nossa turma de março de 2023:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=NRlkJZppXII" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="3333" data-original-width="5000" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs3kWVdMjh8RHdDZe_zTBJYjx7kVpT8qpiNxupO6peW9ZbQfE5d3PA0OKOmYF4ofO8aCb1tSJc_9fMVFyZ2VtgkdJ7mN-0lbLEYdu4RCrmTlKpGQnHk9ed9yOXGNB9VYPVdcVOrPfDbiIEOdrACcGSV6Y5r82OvDVaICBv79oDj3JfipncX0Ob7ugv/w640-h426/LEP%20(6).JPG" width="640" /></a></div><br /><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Há quase 6 anos a Somos Mães realiza Cursos para Gestantes com a melhor informação para a maior viagem que uma pessoa pode fazer: ser mãe e pai.</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Com conteúdo humanizado, cientificamente atualizado, profundo e oferecido de maneira descontraída, nosso Curso oferece em 8 horas o que muitas grávidas e grávidos não recebem em 9 meses de consulta com o obstetra.</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Confira a programação:</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">09h00: abertura com Acácia Lima, fundadora da Somos Mães</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">09h15 - 11h45: Trabalho de parto com o obstetra Dr. Gustavo Ventura e a doula e enfermeira obstétrica Katia Cilene</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">12h00 - 13h00: almoço (não incluso)</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">13h00 - 14h15: Primeiros cuidados com o bebê com a pediatra Dra. Xênia do Couto</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">14h15 - 14h30: Coffee break</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">14h30 - 16h00: Amamentação com a odontóloga e especialista em Amamentação Dra. Ludmila Tavares</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">16h00 - 17h00: Roda de conversa sobre Puerpério com Acácia Lima </p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"> </p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Local: auditório da VIP Oficce - Alameda Santos, 1165, Jardim Paulista - São Paulo</p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Temos pacotes especiais para grupos.</p>Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-4322481045386732952019-06-07T09:09:00.000-03:002019-06-07T09:11:24.213-03:00Meu marido no nosso trabalho de parto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-7l6AhCsSrT8/XPpQT7c4WKI/AAAAAAAAZ58/v8KHPr8nfbo_hNy2o-gko3yvjRhGMtJswCLcBGAs/s1600/IMG_2487.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1456" data-original-width="1125" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-7l6AhCsSrT8/XPpQT7c4WKI/AAAAAAAAZ58/v8KHPr8nfbo_hNy2o-gko3yvjRhGMtJswCLcBGAs/s400/IMG_2487.jpg" width="308" /></a></div>
<br />
Essa semana publicamos um post no nosso Instagram falando sobre a importância da presença do pai durante o trabalho de parto.<br />
<br />
Entre todos os comentários, o depoimento da Grazi que quis homenagear o marido, marcando-o no comentário.<br />
<br />
Autorizados por ela, estamos publicando aqui também para reforçar o quanto é enriquecedor a entrega do casal nesse momento único da vida.<br />
<br />
Acompanhe :-)<br />
<br />
<br />
<i>Meu parto foi no SUS. Quando chegamos na maternidade eu estava com um dedo de dilatação, sentindo dores intensas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Eu não conseguia sentar e nem deitar, ficava em pé, me movendo pra lá e pra cá, como se estivesse ninando uma criança.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Já de início fui internada e avisaram que teríamos pela frente cerca de 24 horas de trabalho de parto.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Chamaram o Rapha, meu marido, para me acompanhar e quando ele entrou na sala do pré-parto foi muito mais do que um parceiro! Foi amigo, marido, foi meu braço direito, esquerdo, fez massagens para aliviar a dor, me auxiliou no chuveiro, na bola, deitada de lado na cama com a perna toda pra fora para aumentar a dilatação. Mas a dilatação só evoluiu mesmo quando me colocaram de ponta cabeça!</i><br />
<i><br /></i>
<i>Fomos para a sala de parto e lá o Rapha praticamente fez o parto. Ele segurou o lençol e eu fiz força para a Sophia nascer. Ele viu tudo! Viu a cabeça dela passando e cortou o cordão umbilical.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Foram realmente 24 horas, as melhores ao lado dele e depois nossa, de nós três.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Fui bem assistida pela equipe da maternidade, que nos incentivou e nos auxiliou para que tudo corresse bem.</i><br />
<br />
<i>Grazi More, mãe da Sophia (depoimento enviado pelo nosso Instagram)</i>Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/07737199434369095867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-11177532510602257912019-03-22T07:59:00.003-03:002019-03-22T08:01:26.853-03:00Unidos pela separação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-GjM_r_dE2b4/XJTAGc7HIbI/AAAAAAAAAL0/FiIP6pJe7UYlXWMiz3Y8SmwJq0z0onFRgCLcBGAs/s1600/image1.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://4.bp.blogspot.com/-GjM_r_dE2b4/XJTAGc7HIbI/AAAAAAAAAL0/FiIP6pJe7UYlXWMiz3Y8SmwJq0z0onFRgCLcBGAs/s320/image1.jpeg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: sans-serif, Arial, Verdana, "Trebuchet MS"; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: sans-serif, Arial, Verdana, "Trebuchet MS"; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: sans-serif, Arial, Verdana, "Trebuchet MS"; font-size: 13px;">
Neste mês, completo um ano de separação, depois de 13 de relacionamento e 6 de casados, com uma filha de 2 anos. Precisei desse tempo para finalmente conseguir escrever sobre este assunto – não por tristeza ou ressentimento, e sim porque tive de passar por todas as datas e experiências deste período para saber o que contar. </div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: sans-serif, Arial, Verdana, "Trebuchet MS"; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: sans-serif, Arial, Verdana, "Trebuchet MS"; font-size: 13px;">
E por que falar de separação em um canal cujo principal tema é a maternidade? Porque casamentos acabam, mas famílias não.<br />
<br />
Desde o momento em que decidimos nos separar, eu e meu ex-marido tínhamos a mesma prioridade: nossa filha. Conversando bastante e mantendo a terapia de família por algum tempo, ficou claro que queríamos a mesma coisa pela primeira vez em muito tempo: manter um núcleo familiar, mesmo não sendo mais um casal. Continuar como parte de um todo, cuidando da nossa filha com responsabilidade e dividindo ônus e bônus da criação dela.<br />
<br />
Meu ex-marido foi um pai incrível desde o primeiro dia, e não consideraria justo nem sensato de minha parte uma divisão de convivência e responsabilidade que não fosse igualitária. Até por ter insistido tanto na imprescindibilidade dos pais, eu não poderia querê-lo como algo diferente de um aliado.<br />
<br />
Em nenhum momento direi que é uma dinâmica fácil. Se já nos desentendíamos quando casados, é claro que continuamos tendo momentos de desavença. Porém estas situações só dizem respeito a nós dois. Não envolvemos nossa filha – assim como também não o fazíamos morando na mesma casa.<br />
<br />
Recentemente, me deparei com a expressão em inglês "co-parenting". Sem encontrar equivalente em português (se alguém souber, por favor me diga) eu entendo que ela signifique, mais do que ter guarda compartilhada, praticar um regime de "co-criação".<br />
<br />
Depois da separação de fato, explicamos as coisas para a nossa filha da maneira mais natural possível, gradualmente, de acordo com a demanda dela. Logo ela entendeu que a mamãe e o papai não namoravam mais e que ela então tinha duas casas. Nunca observamos alterações de comportamento diferente daquelas que toda criança de dois anos vivencia. Inclusive, nesta época, ela iniciou o desfralde sem complicações e por iniciativa própria.<br />
<br />
Na escola, não fizemos nenhum alarde ou pedido para que dessem atenção diferenciada a ela. Não queríamos que ela experimentasse o estigma de ser "filha de pais separados" e também, no que diz respeito à educação dela assim como todo o resto, continuamos unidos. O resultado? O ano passou e apenas no momento da renovação da matrícula a escola soube da separação.<br />
<br />
De maneira alguma estou tentando sugerir que ser uma mãe separada é fácil, apenas que é possível.<br />
<br />
Ser mãe é sempre difícil e ponto. Ter filhos muda a nossa visão da vida, e é uma tarefa que, se estivermos fazendo direito, fica sempre mais desafiadora. Quando decidimos ser pais, assumimos um compromisso velado com os filhos, e como adultos temos que cumpri-lo independente das nossas diferenças.<br />
<br />
Afinal, casamento não é assunto de criança, mas pai e mãe sim.<br />
<br />
(A foto é uma das últimas em família, no Carnaval.)<br />
<br />
<i>Cristina Rodrigues é <a href="http://somosmaes.org.br/especialistas/dra-cristina-linhares-rodrigues">colunista </a>do site <a href="http://somosmaes.org.br/">Somos Mães</a></i></div>
Acácia Limahttp://www.blogger.com/profile/06502423506664060358noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-74649694044447604622019-01-21T13:01:00.001-02:002019-01-21T13:23:29.742-02:00"Fui chamada de preguiçosa por ter pouco leite"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-GFfF0jv6eHY/XEXetfsO1II/AAAAAAAADVg/P5GxG29kYjcupIIAAdbi-OhmHe9TJ_HCwCLcBGAs/s1600/IMG_0175.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="868" data-original-width="1010" height="275" src="https://1.bp.blogspot.com/-GFfF0jv6eHY/XEXetfsO1II/AAAAAAAADVg/P5GxG29kYjcupIIAAdbi-OhmHe9TJ_HCwCLcBGAs/s320/IMG_0175.jpg" width="320" /></a></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
A Somos Mães incentiva a amamentação exclusiva até o sexto mês e até os dois anos de forma complementar. Entretanto, sabemos que a rede de apoio e informação são fundamental para o sucesso do aleitamento materno.</div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
Julgamentos, falta de informação, preconceitos, cansaço e falta de incentivos provocam estresse que desencadeia em pouco produção de leite. Com baixa produção, o bebê não ganha peso, chora de fome e o desmame está instalado.</div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
Por isso queremos ser a sua rede de apoio, caso você não tenha uma. Nos procure na primeira dificuldade para que possamos inibir o desmame e te ajudar sempre!</div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
Confira o depoimento da Ana Junqueira*. Ela nos conta como os julgamentos e a falta de ajuda prejudicou a amamentação do seu filho:</div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
"<i>Fui chamada de preguiçosa e má mãe por ter baixa produção de leite. Me encheram de canjica, mas na hora de ficar com o bebê pra eu descansar disseram que o levariam embora. Depois que minha mãe foi embora, com 40 dias de parida, ninguém veio nem lavar uma louça para que eu pudesse descansar e conseguir produzir leite. Mas, conseguiam vir até a minha casa para ver se estava em ordem.</i></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<i><br /></i></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<i>Além de apoiar a Mãe que amamenta, gostaria de ver empatia pela mãe que não conseguiu mesmo com todo sacrifício do corpo e da alma.</i></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<i><br /></i></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<i>A clássica "nossa, que dó de você que não conseguiu".</i></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<i><br /></i></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<i>Adoro o trabalho de vocês e senti necessidade de me expressar.</i></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<i><br /></i></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<i>Só vou pedir pra não me identificar pra não criar uma situação na família. Sabe como é... Tudo acaba virando nossa culpa... e não quero criar uma situação na família.</i></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<i><br /></i></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<i>Beijos enormes pra vocês</i>."</div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div dir="auto" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">
*nome fictício<br />
<br />
Participe do nosso Curso para Gestantes, clique <a href="http://www.somosmaes.org.br/materias/gravidas/2-turma-de-2019-do-curso-para-gestantes-smpv" target="_blank">aqui </a>para ver a programação e inscrever-se.<br />
<br /></div>
<div class="yj6qo ajU" style="background-color: white; color: #222222; cursor: pointer; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 2px 0px 0px; outline: none; padding: 10px 0px; width: 22px;">
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16857564677717682096noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-76793919034907901932018-06-15T13:35:00.001-03:002018-06-15T13:38:39.293-03:00Amamentação depois da UTI neonatal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-GmUAN8zRsCM/WyPou7rC6MI/AAAAAAAACZw/aJwEgHYESGo814yJyyfjFeth1z4nwoF9ACLcBGAs/s1600/blog%2Bgabriela%2Bfontenele.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="719" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-GmUAN8zRsCM/WyPou7rC6MI/AAAAAAAACZw/aJwEgHYESGo814yJyyfjFeth1z4nwoF9ACLcBGAs/s320/blog%2Bgabriela%2Bfontenele.jpg" width="239" /></a></div>
<div>
<div class="gmail-text_exposed_root gmail-text_exposed" style="display: inline; font-family: inherit;">
<br /></div>
</div>
Amamentar não é fácil. E quando, depois que o bebê já consegue mamar, ele precisa passar por uma UTI? Como retomar o processo da amamentação? Conheça a linda história da Gabriela e do seu filho Bernardo.<br />
<br />
<i>Olá, queridas!</i><br />
<div>
<i><br />Hoje eu queria compartilhar com vocês esta foto, que é um marco em minha história enquanto mãe. Bernardo com 15 dias de vida ficou internado na UTI NEO por longos 10 dias, vítima de bronquiolite.</i></div>
<div>
<i><br />Nós, que ainda estávamos nos conhecendo, fomos bruscamente afastados, devendo obedecer somente a alguns horários permitidos nas visitas da UTI. Nós, que ainda estávamos adaptando a amamentação, fomos bruscamente desligados. Do nosso cheiro, do estímulo da sucção, do alimento.</i></div>
<div>
<i><br />Foi colocado sonda para ele se alimentar, mamadeira com fórmula e chupeta tempo integral (apesar de eu não gostar nem um pouco dessas atitudes tomadas pelos profissionais do hospital, não tinha empoderamento nenhum naquela época e sequer consegui questioná-los).</i></div>
<div>
<i><br />Um dia após a internação meus peitos, que antes jorravam leite tempo integral, estavam murchos. <br />O pediatra liberou a oferta de LM pela sonda nos horários em que eu ali estivesse, e eu deveria ordenhar ao lado daquela incubadora onde meu pequenino lutava para viver.</i></div>
<div>
<i><br />Eu chorei. Chorei porque eu não sabia ordenhar. Chorei porque meu peito "não tinha leite". Eu me senti um fracasso.</i></div>
<div>
<i><br />Até que uma das únicas profissionais 'humanas' daquele lugar me viu em desespero e me permitiu pegar meu filho no colo, após 4 dias sem nos tocarmos, e oferecer o peito pra ele.</i></div>
<div>
<i><br />Meu esposo registrou esse momento. Eu lembro de pegá-lo no colo como se aquela fosse nossa primeira vez. Mesmo em meio a uma super confusão de bicos, de fluxo e tudo mais, ele conseguiu abocanhar o peito. Eu segurava para ajeitar da melhor forma para que ele conseguisse se alimentar. <br />Eu sinto que, por muito pouco, nossa história nessa ainda curta caminhada da amamentação não teve um fim triste. </i></div>
<div>
<i><br />Hoje faz um ano que esta foto foi tirada, e nós caminhamos para os 13 meses de leite Materno em livre demanda. Eu sei que nem todos os dias são fáceis, muito pelo contrário. </i></div>
<div>
<i><br />Nos dias bons, amamentar é eterno.</i></div>
<div>
<i><br />Nos dias ruins, amamentar é necessário. Seguimos um dia de cada vez.</i></div>
<div>
<i><br />Obrigada, queridas, por todo o conhecimento partilhado neste grupo!</i><br />
<br />
Gabriela Fontenele Jovanini, mãe do Bernardo.<br />
<br />
Gabriela nos autorizou a publicar esse depoimento que foi primeiramente escrito para o grupo Matrice no Facebook. O Grupo Matrice é um grupo de apoio a amamentação.<br />
<div>
<span class="gmail-fbPhotosPhotoCaption" id="gmail-fbPhotoSnowliftCaption" style="color: #1d2129; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; outline: none; width: auto;" tabindex="0"><span class="gmail-hasCaption" style="font-family: inherit;"></span></span><br class="gmail-Apple-interchange-newline" />
<br />
<div>
<div class="gmail_signature" data-smartmail="gmail_signature">
<div dir="ltr">
<div dir="ltr">
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<div dir="ltr">
<br /></div>
<div dir="ltr">
<br /></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-22881768129930998942018-04-06T13:40:00.002-03:002018-04-06T13:42:51.669-03:00Pós operatório tranquilo graças a amamentação <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-QEXMrpQx8p0/Wseg6QUOP0I/AAAAAAAACZA/qzVwHcOCo0oELtZHmrmo_f4dq3z1gpxQACLcBGAs/s1600/laura%2Bzimmermann%2Be%2Bo%2Bfilho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="540" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-QEXMrpQx8p0/Wseg6QUOP0I/AAAAAAAACZA/qzVwHcOCo0oELtZHmrmo_f4dq3z1gpxQACLcBGAs/s400/laura%2Bzimmermann%2Be%2Bo%2Bfilho.jpg" width="225" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Que a amamentação em livre demanda é o melhor para a saúde dos bebês ninguém tem dúvidas. Entretanto, parece que sempre precisamos reforçar essa verdade com experiências vividas por mães que dividem conosco suas histórias.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Conheça o depoimento da Laura e do seu filho Vicente, que precisou de uma cirurgia aos dois meses de idade:</span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<i><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Meu filho, o Vicente, um bebê de dois meses de idade, teve que fazer uma cirurgia de hérnia inguinal. Com a necessidade da cirurgia, vieram várias preocupações, dentre elas a preocupação com ele ficar calmo e não sofrer com o jejum, ausência da mãe, viagens de carro, etc. E surgiu a sugestão da chupeta, vinda de vááárias pessoas.</span></i><br />
<i><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Pra evitar que o bebê viajasse em jejum dormimos em Joinville um dia antes, a última mamada dele seria às 2:30 da manhã. Eu estava me perguntando milhares de coisas: e se ele procurasse o mamá à 1:00 será que eu tentaria enrolar até as 2:30? Se às 2:30 ele estivesse muito sonolento e eu tentasse acordar será que ele não iria se irritar mais e ficar pendurado no peito muito tempo? </span></i><br />
<i><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span></i>
<i><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Para minha surpresa meu bebê começou a se mexer e espreguiçar às 2:27, três minutos antes do despertador </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">(parece que eles entendem, né?). Fiz aquela mamada cheia de cóceguinhas no pé pra ficar acordado e com técnica de compressão da mama pra entrar bastante leite. Ele dormiu, mas às 4 da manhã já tava me procurando de novo (a cirurgia seria só às 7</span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">). Coloquei no sling e comecei a andar pelo quarto, ele acalmou, dormiu</span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">. Internamos no hospital às 6 e pouco.</span></i><br />
<i><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Chegando no centro cirúrgico ele acordou e a primeira pergunta da enfermeira foi "vc trouxe o bico dele?". Quando disse que ele não tinha bico, ela perguntou se eu queria um bico de luva (uma chupeta improvisada que fazem em hospitais). Quando disse que não precisava ela perguntou "ele não pegou chupeta?". Respondi que eu nunca quis dar, nunca precisamos por que ele tem peito a hora que quer. Ela ficou quieta, só observando. Detalhe que o Vicente nem tava chorando. Ele tava rindo e conversando com gritinhos fofos de bebê! A enfermeira parecia querer que ele ficasse quieto, foi muito desagradável.</span></i><br />
<i><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">O cirurgião atrasou e começamos a ficar impacientes e famintos (eu e ele). Os gritinhos felizes começaram a virar resmungos, aí distrai, caminha, passeia, troca a posição no colo, mostra brinquedo, conversa... e quando a coisa ia descambar e deu a primeira choradinha o médico chegou!</span><span class="m_-9088871294276185741gmail-_5mfr m_-9088871294276185741gmail-_47e3" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 0; margin: 0px 1px; vertical-align: middle;"><span class="m_-9088871294276185741gmail-_7oe" style="display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 0px; width: 0px;">⚕️</span></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Entrou na sala de cirurgia 7:30 sem chorar. Tudo correu bem. A cirurgia acabou às 8:30.</span></i><br />
<i><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">No pós operatório ele demorou umas 2 horas pra acordar, fizeram uma glicemia (pra ver os níveis de açúcar no sangue e ver se era por isso a sonolência), deu 103 (ótimo valor).Isso ele estava há 8 horas sem mamar! E perguntei se tinha recebido alguma glicose na veia ou coisa assim e me falaram que não! Eita leite forte!</span></i><br />
<i><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Mal acordou e já liberaram o peito</span><span class="m_-9088871294276185741gmail-_5mfr m_-9088871294276185741gmail-_47e3" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 0; margin: 0px 1px; vertical-align: middle;"><span class="m_-9088871294276185741gmail-_7oe" style="display: inline-block; font-family: inherit; font-size: 0px; width: 0px;">🤱</span></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">. Foi o primeiro da recuperação anestésica a comer. As outras crianças (média de um e dois anos de idade), todas desmamadas</span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">, tiveram que esperar estar bem acordadas (entenda-se berrado e chorando) para poder tomar a "dedera", pois a coordenação da deglutição quando a criança mama no peito é mais fácil, dá pra liberar mesmo quando tá meio dormindo.</span></i><br />
<i><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Ao lado tinha uma criança mais velha, de uns 4 anos, que fez a mesma cirurgia que o meu filho, mas estava usando máscara de oxigênio. O anestesista veio conversar e disse "A via aérea do seu filho obstrui muito fácil, por isso está precisando de oxigênio até acordar bem. Leve ele a um otorrino, pois possivelmente ele ronca a noite, ou respira mal. Ele usou chupeta muito tempo?". O pai olhou pra baixo e disse que sim, envergonhado. A anestesista reforçou que provavelmente por usar a chupeta ele tinha problemas na musculatura orofacial.</span></i><br />
<i><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Uma outra criança recusou a mamadeira que o hospital mandou pois não era igual a dele. Ele começou a ficar inquieto e chorar de fome. A mãe ligou para o pai e o pai comprou uma mamadeira nova na farmácia, igual a que ele tinha em casa e levou para o hospital. Ele também recusou. Queria a "dedi" dele em casa. Se apegou tanto àquele objeto de plástico, àquela mãe substituta, àquele bico artificial, que chorou de fome por horas seguidas até dormir, mas não mamou e nem comeu.</span></i><br />
<i><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">As outras duas crianças choraram de impaciência, pois quando finalmente foi liberada a dieta, a enfermeira ainda precisou ligar para a cozinha, pra prepararem a mamadeira ou refeição, pra levarem até a sala de recuperação, pra aí, sim, eles comerem.</span></i><br />
<i><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Pela tarde fomos pra enfermaria e ele mamou mais frequente, acho que pela dor. Por duas vezes mamou até vomitar, aí quando mamou de novo acho que só vinha o leite gordo, e por estar meio bêbado de leite, logo dormia. As duas vezes que foram dar medicação para dor eu recusei, pois ele estava dormindo tranquilo.</span></i><br />
<i><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Meu filho foi a criança que mais se comunicou com outros, sorriu, conversou e deu gritinhos. Foi a criança que MENOS CHOROU. Foi o primeiro a comer. Não teve hipoglicemia. Não precisou de oxigênio. Não precisou de NENHUMA mediação analgésica no pós operatório. Recebeu alta no mesmo dia pela sua ótima recuperação.</span></i><br />
<i><br style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Todas as necessidades dele ele saciou no peito! E eu só confirmei o que meu coração já sabia: estamos no caminho certo! </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Seguiremos com tetêzinho em livre demanda e sem bicos!</span></i><br />
<i><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span></i>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">Laura Zimmermann nos autorizou a publicar esse depoimento que foi primeiramente escrito para o grupo Matrice no Facebook. O Grupo Matrice é um grupo de apoio a amamentação.</span>Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-13566881838810047172018-02-09T13:28:00.002-02:002018-06-15T14:08:08.769-03:00Meu filho é autista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-JqAV_BPVLBo/Wn29DhRVJFI/AAAAAAAACYs/K9-01AUE3FYH-zZ_EEwtjQk91734qck-QCLcBGAs/s1600/blog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="368" data-original-width="997" height="235" src="https://1.bp.blogspot.com/-JqAV_BPVLBo/Wn29DhRVJFI/AAAAAAAACYs/K9-01AUE3FYH-zZ_EEwtjQk91734qck-QCLcBGAs/s640/blog.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>"Meu filho nasceu sem complicações no parto e depois de uma gravidez tranquila, apesar do pai dele não querer assumir minha gravidez. Sempre tive o apoio dos meus pais que, mesmo separados, sempre foram presentes na minha vida.</i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>Desde os seis meses comecei a notar que meu filho não tinha o mesmo desenvolvimento que os outros bebês da idade dele. </i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>Todo mundo me dizia que meninos são mais lentos mesmo, e que meninas costumam engatinhar mais rápido e etc. Quando ele tinha um ano resolvi levar a um profissional indicado pela pediatra, pois ele ainda não engatinhava. Enquanto a maioria das crianças já começava a andar, ele só ficava sentado ou deitado. </i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>A terapeuta ocupacional disse que, como ele era muito pequeno, não podia afirmar o diagnóstico de autismo, mas iniciamos um tratamento para estimulá-lo a andar. Com essa ajuda, meu filho andou quando completou dois anos.</i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>Foi nessa fase que foi possível realizar alguns exames neurológicos para descartar problemas dessa natureza. Após algumas consultas, veio o diagnóstico: meu filho é autista.</i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>Mil coisas se passaram na minha cabeça e meu coração já imaginou cenas de bullying, a reação da família, os tratamentos... Chorei muito naquela noite, mas compreendi que eu teria que ser forte por nós dois, para ajudá-lo, protegê-lo do preconceito e, acima de tudo, para poder oferecer a melhor educação possível. </i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>Meus pais aceitaram a situação melhor do que eu esperava e pude contar com o apoio deles para que eu pudesse trabalhar fora enquanto tentava encontrar uma escola. <span style="font-size: 14.4px;">Infelizmente, foram longos dias procurando sem sucesso. Apesar da inclusão ser lei, as escolas inventam desculpas para não aceitar crianças especiais.</span></i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>Meu filho tem 4 anos e ainda não encontrei escola para ele. Ele frequenta um grupo de terapia ocupacional que tem ajudado muito em seu desenvolvimento. A fala é a parte mais comprometida. Ele "fala" com gestos e fica nervoso quando não entendemos.</i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>Passear com ele exige muita paciência, pois quase sempre ele fica muito agitado e as pessoas ao redor olham diferente para nós. </i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>A cada dia tenho que aprender um jeito novo para convivermos melhor. Não fica fácil com o passar o tempo. Eu é que vou aprendendo mais rápido e melhor a lidar com nossas dificuldades.</i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>Sempre digo que é difícil para ele e para todos nós da família, mas nós temos condições de entender, ele não.</i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>Amo meu filho e não saberia viver sem ele. Ele me ensina um ritmo diferente, um olhar diferente sobre as coisas, uma vida com menos padrões. </i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<i>Não vou dizer que é fácil. Mas é lindo."</i></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
Ana Lúcia Paiva, 28 anos, mãe do Otávio.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: "Exo 2", sans-serif, arial; font-size: 14.4px; margin-bottom: 1.5em;">
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-61089600217019639952017-09-15T14:47:00.001-03:002017-09-15T14:47:20.186-03:00Quando o erro acontece na maternidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-tbiK_4blsBE/WbwSAf9_v8I/AAAAAAAACA8/KK7POmqvGjQS64yVgffYruULCOxxyx7jQCLcBGAs/s1600/blog.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="700" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-tbiK_4blsBE/WbwSAf9_v8I/AAAAAAAACA8/KK7POmqvGjQS64yVgffYruULCOxxyx7jQCLcBGAs/s400/blog.png" width="400" /></a></div>
<i>"Depois de dois anos, eu ainda não superei totalmente, mas vamos lá!</i><br />
<i><br /></i>
<i>A minha primeira gravidez foi há 11 anos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A Ariel nasceu no Brasil, com toda a pompa e circunstância possível!</i><br />
<i><br /></i>
<i>Fiz cesárea porque tive pré-eclâmpsia. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Meu irmão (que é cardiopediatra) estava na sala de parto desde o momento que eu entrei. Estava ao meu lado e me acalmando na hora da anestesia e tudo mais. Pegou a Ariel das mãos do obstetra! Meu marido também estava na sala de parto e não saiu do meu lado por nada! </i><br />
<i><br /></i>
<i>Foi tudo perfeito e ótimo! </i><br />
<i><br /></i>
<i>Depois de 9 anos, ficamos grávidos novamente. Dessa vez nos EUA. </i><br />
<i></i><br />
<a name='more'></a><br />
<i>A primeira coisa que veio na minha cabeça foi o medo do parto aqui. A possibilidade de ser obrigada a fazer parto normal, mesmo depois de ter tido uma cesárea (não vou discutir preferências e nem se é certo ou errado, mas esse foi o meu pensamento quando descobri a gravidez aqui); a falta da família; saber que meu irmão (que não é médico nos EUA e não fala inglês direito) não estaria do meu lado. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Quando fui ao médico, ele me acalmou, disse que eu tinha todo o direito de escolher fazer cesárea ou parto normal, que tudo ficaria bem. E que o Fábio (marido) entraria na sala de parto comigo.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Depois de muito pesquisar, decidi pela cesárea. Totalmente escolha minha.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Íamos esperar o Erik resolver sair, mas ele não queria sair não, então decidimos marcar.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Minha mãe, minha cunhada e meu irmão vieram para o nascimento.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Chegou o dia! 31 de agosto de 2015! </i><br />
<i><br /></i>
<i>Tudo correu bem apesar dos meus medos da anestesia e de estar sozinha na sala de parto. O Fábio (marido) entrou depois da anestesia e ficou comigo dali em diante.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Quando ouvi o chorinho do Erik, todos os medos desapareceram. Ele estava ali conosco.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A enfermeira do bebê perguntou se eu queria segurá-lo. Eu disse que sim e ela o colocou no meu peito. Ele berrou. Eu sabia que algo tinha acontecido e estava errado. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Pedi para o Fabio falar com a enfermeira. Ela simplesmente ignorou. Disse que eu estava nervosa.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Depois de alguns minutos ela o tirou e fez aquele charutinho. Ele parou de chorar. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Aqui a prática do "skin to skin" é muito comum e me foi dito que acalmava o bebê. No meu caso, ele não se acalmou, chorou mais. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Fui para a sala de recuperação com o bebê. Lá ele mamou e ficou super calmo.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Chegamos no quarto e a enfermeira pediu para levá-lo para o berçário para dar banho e a vacina. Eu disse que sim e o Fábio o acompanhou e ficou ao lado dele o tempo todo! </i><br />
<i><br /></i>
<i>Eles demoraram muito lá. Quando voltaram, o Fábio me disse que o braço esquerdo do Erik não estava mexendo. Que o pediatra de plantão não sabia o que era. </i><br />
<i><br /></i>
<i>4 dias no hospital, 6 raios-x e nada.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Até que o ortopedista foi chamado e disse que o cotovelo esquerdo tinha uma fratura. </i><br />
<i><br /></i>
<i>1 mês de gesso! </i><br />
<i><br /></i>
<i>Conseguimos descobrir pelo tipo de fratura (e pelas milhares de fotos que o Fábio tirou na sala de parto) que a fratura aconteceu na hora que a enfermeira o colocou no meu peito. Ela não teve o menor cuidado. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Eu a perdoei por ter machucado meu filho, mas nunca vou esquecer o que passei e todo o terror de não saber o que podia ser e o quanto ele sofreu nos seus primeiros momentos de vida. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Só peço para outras mães que queiram fazer o "Skin to skin" que tenham cuidado e peçam para as enfermeiras também terem.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Hoje o Erik tem 2 anos e está praticamente curado, mas ainda faz Terapia Ocupacional no braço esquerdo e vai fazer por algum tempo. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas meu filho tem uma força excepcional com o braço esquerdo e é muito saudável, e é isso que importa. Ele vai poder ser o que ele quiser.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Sou completamente grata pelos meus filhos! Ser mãe sempre foi meu sonho e hoje estou realizada e completa! </i><br />
<i><br /></i>
<i>Muitos beijos a todas as mães e obrigada minha amiga Acácia pelo espaço e pelo que você passa para muitas mamães!"</i><br />
<br />
Luiza é advogada, jornalista, esposa e mãe da Ariel de 10 anos e do Erik de 2 anos!Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-26814472970861712092017-07-14T12:28:00.001-03:002017-07-17T09:28:27.928-03:00Minha vida sem Cecília<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-NJD48PUJFPI/WWytYJ_gNRI/AAAAAAAAByg/hhegWVukZy07aui-woEoQ3eVXJIATTiOgCLcBGAs/s1600/clarice.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="667" data-original-width="667" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-NJD48PUJFPI/WWytYJ_gNRI/AAAAAAAAByg/hhegWVukZy07aui-woEoQ3eVXJIATTiOgCLcBGAs/s400/clarice.png" width="400" /></a></div>
<br />
<i>"Minha vida diária de mãe durou 1 ano e 13 dias. Do dia que me descobri grávida, 22 de novembro de 2015, até o dia que a Cecília morreu, 5 de dezembro de 2016. Os meses mais intensos e de maior emoção da minha vida.<br /><br />Nenhuma palavra é possível para descrever a alegria e o amor que senti ao pegá-la no colo após 8h30 de trabalho de parto e 42 semanas e 1 dia de espera. Nenhuma palavra é capaz de descrever a emoção que senti, debulhada em lágrimas de alegria e alívio, quando finalmente chegamos em casa em 27 de agosto, depois de 17 dias de hospital e UTI. Nenhuma palavra é capaz de descrever o que senti ao vê-la desfalecida em meus braços ao chegarmos em casa de carro depois de mais um exame, até então eu achando que ela apenas havia dormido uns minutos no peito enquanto mamava, para em seguida ter a certeza de que a havia sufocado ou engasgado. Nenhuma palavra é capaz de descrever o que senti ao ver seus olhos pararem de brilhar na ambulância, e ter a certeza de que ela tinha morrido. Nenhuma palavra é capaz de descrever o que senti ao ver a expressão da médica vindo em minha direção no hospital depois de tentarem revivê-la por uns 40 minutos, enquanto eu aguardava no saguão de entrada sozinha, sem bateria no celular, meu marido e meus pais presos no trânsito das 18h30.</i><br />
<a name='more'></a><i>Cecília me trouxe as maiores emoções da vida. A maior alegria, a maior tristeza, a maior emoção, a maior saudade, o maior amor, a maior dor. Nunca aprendi tanto como desde 22 de novembro de 2015. Nunca me entendi e descobri tanto. Nunca entendi tão pouco do mundo, da vida, de nós. Nunca me cuidei tanto, nunca dei tão pouca atenção aos outros. Nunca as coisas tiveram um valor tão ínfimo. Nunca foi tão importante estar com as pessoas que mais amo, abraçar, conversar, amar. Tudo mudou de sentido. Tudo mudou de valor. Preocupações como se usaríamos talco ou pomada, se o berço ficaria na posição x ou y, se eu conseguiria um parto natural ou se teria uma cesárea, se o carro pequeno era suficiente pra nova vida com bebê. Nada disso mais importou a partir do momento que pisamos naquela UTI neonatal, Cecília com 1 dia de vida. E assim continuou depois que ela saiu de lá, enquanto investigávamos uma possível neutropenia grave, os exames, os médicos, a convivência com outras mães com filhos doentes, as histórias. Tudo passou a ter uma dimensão ainda menor depois de 5 de dezembro. Na mesma proporção, nunca o amor passou a ter significado tão grande. Dei a Cecília todo o amor, cuidado e carinho que eu podia nesse mundo. Nada do que eu fizesse de diferente teria mudado o destino da minha filha. Por isso, ao menos sigo com o coração tranquilo.<br /><br />Desde 6 de dezembro, dia do velório da pequena, também me sinto envolta numa bolha de amor que não quero mais sair de dentro tão cedo. Quando Cecília ainda estava viva e passava na minha cabeça que isso um dia pudesse acontecer, eu achava que pegaria meu marido, duas mochilas e sairia sem destino pelo mundo, sem data pra voltar. Viajar é o que mais gostamos de fazer juntos, desde sempre. Só que, quando ela de fato morreu, tudo o que não tive vontade de fazer foi isso. Aquele velório com dezenas e dezenas de pessoas, um amor inexplicável em meio a tanta dor, as mensagens, os abraços, os carinhos. Tudo o que eu não queria mais era sair daqui. Queria era permanecer na minha bolha tanto quanto possível. No fim, tudo é sobre o amor. A dor que sinto é sobre o amor. A saudade é sobre o amor. O carinho que recebo de todos é sobre o amor. Na dor, sem o amor, seguir seria impossível.<br /><br />¨¨¨<br />Quase 4 meses depois da morte da Cecília recebemos o resultado do exame genético, de material colhido dois dias antes de ela morrer. Sem esse exame, jamais saberíamos o que ela tinha. Duas mutações raríssimas, uma nunca antes relatada na medicina, outra pouco estudada, com mortes neonatal ou infantil em todos os indivíduos analisados. As mutações tornavam o sistema imunológico dela praticamente inexistente. A neutropenia era, no fim, apenas um dos vários problemas que ela viria a ter. Ao menos, esse problema tão grave que a levou tão cedo, também a impediu de sofrer. Faleceu como se dormisse, enquanto mamava em meu peito no carro, acalmando do trânsito e do calor. Seus órgãos super comprometidos, pulmão, baço, fígado, rim, mas sem que ela sentisse dor alguma. Saber disso foi um alívio e me trouxe certa tranquilidade. Minha maior ansiedade era imaginá-la sofrendo, ou mesmo voltando a uma UTI, intubada, furada, examinada, e tudo o mais pelo que passam os bebês naqueles dias de incubadoras.<br /><br />Depois, conversando com uma especialista, descobri também que a Cecília só conseguiu viver até quase 4 meses porque eu a amamentei. Não tivesse eu amamentado, ela e suas defesas praticamente inexistentes não teriam resistido a alguns dias ou semanas de vida. Saber disso me fez chorar de emoção quase o tanto que chorei a perda dela. Amamentar foi uma batalha dificílima pra mim. Ela tinha sucção muito fraca, foram 4 meses de acompanhamento com fono, mamadeiras especiais para nenéns com problema, lutas com aquele translactador, horas e horas naquela bomba. Mas nada foi em vão. Eu sabia desde a UTI que ela tinha deficiência imunológica, pela neutropenia, e que meu leite era importante. Por isso, nunca desisti. Mas eu não tinha dimensão do quão importante era, de que foi aquela batalha que permitiu que ela ficasse o máximo de tempo possível comigo aqui. Saber disso me trouxe uma calma e um calor pro coração impossíveis de serem descritos.<br /><br />O apoio que recebi da fono nesses meses também foi fundamental para que eu não desistisse. Uma anja em minha vida, como também têm sido as profissionais de saúde que têm me ajudado a seguir; fisio, terapeutas, nutri, todas um apoio fundamental para continuar adiante. Pensando nas mães que não têm essa rede de suporte que eu tenho, agradeço todos os dias por esses apoios, e por toda a bolha de amor em que fui envolvida – que inclui ainda, e especialmente, outras mães que já passaram ou estão passando pelo mesmo que eu.<br /><br />Agora, sigo tentando descobrir quem sou essa nova eu que vai sair de tudo isso. Quem sou essa eu, mãe da Cecília, minha primeira filha, que não está mais aqui, mas permanece dentro de mim. Sem pressa. Com muitos medos e ansiedades. Tentando viver cada dia, sem pensar muito adiante. Um dia por vez. E focando em mim. Como nunca antes havia focado na vida. Eu, que sempre me doei tanto pelos outros. Aprendendo a olhar pra mim. Tem sido libertador, e ressignificador.<br /><br />Sigo, procurando limpar o buraco da minha ferida doída bem devagarzinho, com calma. Choro quando dá vontade, falo quando dá vontade, me expresso quando sinto necessidade. E escrevo. Escrevo muito, sempre. “Vomito” tudo o que sinto em palavras, sem pensar, muitas vezes sem sequer reler, só colocando pra fora sentimentos e pensamentos confusos. Escrever é meu principal remédio. Me respeitar é outro. O que busco é limpar esse buraco ao máximo, para que nele não fiquem dores e sujeiras escondidas, que possam aparecer só lá na frente. E assim tenho seguido, procurando deixá-lo bem limpo, preparando-o para os próximos amores que um dia estarão por vir."<br /><br />Clarice Chiquetto, jornalista, 38 anos, mãe da Cecília</i><br />
<br />
Texto publicado originalmente na fanpage <a href="https://www.facebook.com/eumaes2/">eu, mãe</a><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.8px;">.</span></div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-24834759846848515622017-04-19T09:44:00.000-03:002017-04-19T09:44:45.187-03:00A história de Fabiana<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-KJmagu_aIME/WPdbZ_kHv2I/AAAAAAAABbk/R3VA4sTf5XIMcBTXMptaFaJ5P9fhxU-fACLcB/s1600/maes2004.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-KJmagu_aIME/WPdbZ_kHv2I/AAAAAAAABbk/R3VA4sTf5XIMcBTXMptaFaJ5P9fhxU-fACLcB/s400/maes2004.png" width="400" /></a></div>
<i>Conheci a Fabiana no Aeroporto de Congonhas, voltando de um voo do Rio de Janeiro. Fabiana é taxista. Sobre o painel do carro, uma chupeta pink. Minha filha, de 2 anos e 8 meses, cochichou ao meu ouvido: "mãe, por que ela tem uma chupeta?" Eu respondi: "não sei, filha, pergunta pra ela". E ela, bem baixinho, "moça, por que você tem uma chupeta?" A Fabiana não ouviu e eu repeti a pergunta, com medo de uma resposta trágica, com medo que fosse uma recordação dolorosa, enfim...<br /><br />Ela sorriu e respondeu: "tenho três filhos homens e eu comprei essa chupeta pink de amuleto". E eu, curiosa, continuei: "três? Você é tão jovem!"<br /><br />"Sim, comecei cedo! Ao contrário da minha mãe que foi mãe aos 39, eu fui mãe aos 16. Meu filho mais velho vai fazer 18 anos, tenho um de 14 e o mais novo tem 5."<br /><br />"Nossa, imagino que vc esteja experimentando uma maternidade completamente diferente agora, não?"</i><br />
<a name='more'></a><i><br />"Completamente! E sou muito grata por ter tido a oportunidade de ser a mãe que não fui para meus dois primeiros filhos. Quando o mais velho nasceu eu tinha 16 pra 17 anos. Não sabia nada. Minha mãe morava ao lado e, como ele nunca mamou no peito, eu deixava a mamadeira pronta e saía. Minha mãe cuidou muito dele. Quando o segundo nasceu eu tinha 21 anos, ele mamou por dois meses e logo minha mãe foi assumindo também. Não tive nenhum problema nessas duas gestações, nenhum enjoo, nada. Como tenho a bacia colada, tive que fazer cesárea nos dois partos, portanto, nunca senti dor. Nunca senti a gravidez, nem o parto, foi tudo muito simples.<br /><br />Já com o Miguel foi tudo diferente: enjoei e, mesmo marcando cesárea, passei por todo o processo de trabalho de parto. Tive contração, muita dor, etc. Eu SENTI a maternidade chegando. Foi transformador. Decidi que iria vivenciar tudo o que eu não havia vivenciado nas duas outras experiências.<br /><br />Parei de trabalhar por dois anos para ficar com o Miguel em tempo integral. Eu não queria mais saber de viajar, a menos que fosse adequado para ele, nem de sair a noite, nada. Ele mamou até três anos e três meses, mesmo tendo ido para a escolinha aos dois anos. Como passamos a ter apenas a renda do meu marido, ficou pesado para ele e quase nos separamos quando o Miguel tinha um ano.<br /><br />Ele me dizia que eu estava estragando nosso filho e eu respondia que não, que se fizesse diferente estaria estragando a terceira chance que Deus havia me dado de ser uma mãe de verdade. Enfim ele aceitou e estamos juntos até hoje.<br /><br />Me ressinto muito de tudo o que não fiz pelos meus dois primeiros filhos. É uma dor e um arrependimento que não passam. Mas estou feliz por poder estar vivenciando tudo agora. Hoje sei que sou uma boa mãe para os três e estou aprendendo a cada dia.<br /><br />Acho que o corpo da mulher só poderia estar apto para engravidar depois dos 25 anos. Seria o certo. Antes disso não temos consciência do que é a maternidade."<br /><br />"Que história linda, Fabiana!Tenho um site voltado para mães de primeira viagem e gostaria muito de ter a sua história nele. Você aceita?", perguntei.<br /><br />"Claro, com o maior prazer! Pode escrever pra mim? Depois eu entro no site e vejo!"<br /><br />E aqui estou eu escrevendo a história da Fabiana, mais conhecida como Bia. É o que sempre digo... a natureza é um pouco ingrata com as mulheres: quando elas mais podem ter filhos é quando estão mais despreparadas. E quando elas estão mais bem preparadas é quando a dificuldade para engravidar surge.<br /><br />Ainda bem que a medicina term oferecido oportunidades para mulheres que, como eu, decidiram ser mães depois dos 40 :-)</i><br />
<div>
<i><br /></i>
Acácia Lima, mãe da Mariana e idealizadora da Somos Mães de Primeira Viagem.</div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-72215550033986529792017-03-24T10:06:00.002-03:002017-03-24T10:16:28.934-03:00A maternidade me salvou da minha infância infeliz<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-OG6pX38Sbv8/WNUZQa7gkXI/AAAAAAAABRc/qHSV9UlXuo0MvPLUG10rsRZ7u3ft7KTSgCLcB/s1600/maes2703a.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-OG6pX38Sbv8/WNUZQa7gkXI/AAAAAAAABRc/qHSV9UlXuo0MvPLUG10rsRZ7u3ft7KTSgCLcB/s400/maes2703a.png" width="400" /></a></div>
<i>"Não tenho muitas recordações da minha infância, mas sempre tive a lembrança de que não fora fácil, nem feliz. Filha de pais separados, com 3 irmãos pequenos, passava os dias com uma empregada, pois minha mãe trabalhava o dia inteiro e chegava cansada toda noite.<br /><br />Sempre achei minha mãe uma heroína... até que me tornei mãe e percebi quão ausente ela foi na minha vida. Não desconsidero a necessidade de trabalhar, meu pai era irresponsável totalmente e se ela não trabalhasse tanto não teríamos nada para comer e vestir.<br /><br />Entretanto, hoje questiono suas prioridades aos finais de semana, que nunca nos incluía como convivência, brincar junto, dar risada, se divertir. Meus irmãos e eu tínhamos que nos virar para encontrar o que fazer e nunca podia ser com ela, pois estava cansada ou saía "para espairecer merecidamente"! Claro que precisava, penso eu, sim precisava! Toda mãe precisa! Mas, poxa, suas horas livres nunca eram conosco e quando estávamos juntos me lembro quão estressantes eram aqueles momentos, havia um ressentimento, um rancor... Ela estava sempre reclamando. Hoje, racionalmente, eu entendo que devia ser difícil... mas na época eu era criança e não entendia!</i><br />
<div>
<a name='more'></a><i><br /></i>
<i>Lembro que uma vez me machuquei. Eu devia ter uns 10 anos, no máximo. Minha mãe olhou pra mim e disse "isso não deve estar doendo! É frescura, já, já passa!" E eu fiquei chorando, nem sei se era de dor ou se era de abandono. Lembro de outras situações em que recebi olhares de ódio, palavras ríspidas, descaso. Eu achava que era culpa minha, por ter nascido e estragado a vida dela. Sempre achei que a vítima era ela.<br /><br />Minha filha nasceu e eu pude revisitar toda a minha infância sob outro ângulo: a vítima era eu. Vítima da inexperiência de quem supostamente deveria querer aprender a ser mãe e pai. Vítima da falta de carinho, de cuidados. Sim, eu tinha casa, comida e roupa. Nada mais além disso.<br /><br />Com o meu amadurecimento como mãe, cada vez entendo menos os pais ausentes, os pais que acham que fazem tudo que podem por seus filhos mas que não dão a eles a coisa mais importante do mundo: ATENÇÃO.</i><br />
<br />
<i>Hoje tenho convicção de que sou a mãe que gostaria de ter tido. Eu trabalho fora, mas optei por trabalhar meio-período e ganhar menos só para poder estar com minha filha. E quando estou trabalhando dou tudo de mim para poder valer a pena ficar longe dela aquelas horas. Não sou uma mãe perfeita porque não existe perfeição, mas sempre que lembro da minha infância triste alimento meu desejo de ser melhor e consigo enxergar onde preciso melhorar. Tem funcionado. Vejo minha filha crescer rodeada de amor, atenção, cuidado, carinho e me sinto feliz por vê-la feliz e se desenvolvendo tão bem.<br /><br />Minha infância me deixou marcas severas. Cometi erros querendo a todo custo chamar a atenção de quem não me via como criança, filha, e sim como um peso para sustentar. Me envolvi em relacionamentos nocivos tentando me punir e me resgatar, ao mesmo tempo. Procurei ajuda em diversas fontes. Encontrei a mim mesma e me aprofundei ainda mais com a maternidade. Ela, sim, me salvou.</i><br />
<br />
<i>A responsabilidade por tudo isso não foi só da minha mãe, claro, pois meu pai desistiu de tentar ser pai. Mas já que minha mãe era a única que estava por perto, só dela posso falar.<br /><br />Mães erram, sim. Mas podem mudar com o passar do tempo, começar a corrigir, melhorar. A minha nunca mudou. Até hoje é distante, não telefona para saber se estou bem, nem se interessa pela neta. Quando precisa de alguma coisa ela aparece.<br /><br />O que aprendi e aprendo com ela? Que ela não é meu modelo de mãe e tudo que desejo é fazer diferente."</i><br />
<br />
Anabella Florêncio, mãe da Valentina.</div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-52156535304220722002017-02-02T09:00:00.000-02:002017-02-02T09:00:11.828-02:00De triatleta a obesa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-OzU5XI8o1tQ/WII_3NDx-qI/AAAAAAAAA14/lNyHeE89rwgXTP993v9dJ-X8K9B9l67nwCLcB/s1600/blog01.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-OzU5XI8o1tQ/WII_3NDx-qI/AAAAAAAAA14/lNyHeE89rwgXTP993v9dJ-X8K9B9l67nwCLcB/s400/blog01.png" width="400" /></a></div>
<i>"Meu nome é Sofia, sou mãe do Joaquim de 4 anos, meu maior presente da vida. O pai dele e eu nos casamos quando tínhamos, os dois, 26 anos, nos conhecemos na escola e namoramos por 10 anos antes de casar. Ele é minha alma gêmea! Sempre viajamos muito e adorávamos frequentar academia juntos. Juntos competíamos triathlon. Alimentação regrada, muita água, salada, açaí! </i><div>
<i><br />Tentei engravidar por 4 anos. Não entendia porque uma pessoa tão saudável como eu não conseguia engravidar. Meu marido também era muito saudável. Fizemos exames, nada apareceu de errado. Todo mundo dizia que era psicológico, tinha gente que falava que eu malhava muito e por isso não engravidava. Parei de treinar, pois acreditei que esse poderia ser o motivo. Coincidência ou não, engravidei depois de 8 meses! Que alegria! Me lembro da reação de todos na família quando souberam! Agora era só me cuidar direitinho para dar tudo certo!</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Engordei 25 quilos durante a gestação. Me sentia horrível, cansada, inchada, com a autoestima no chão. Fiquei deprimida, desenvolvi síndrome do pânico, não conseguia dormir à noite. Meu marido ficou muito abalado com meu estado de ânimo, pois passava as noites em claro comigo e tinha <br />que trabalhar no dia seguinte. Foram dias difíceis. </i></div>
<div>
<i><a name='more'></a></i></div>
<div>
<i>Marcamos a cesárea e, graças a Deus, correu tudo bem, meu bebê nasceu saudável, e eu estava bem! Comecei a amamentar em livre demanda, pois era meu sonho. Minha tristeza foi embora junto com o nascimento do Joaquim, minha alegria de viver voltou quando vi aquele rostinho lindo e indefeso nos meus braços. Amor! </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Emagreci muito rápido, perdi 20 quilos em 3 meses. Fiquei abatida, cansada, pálida. Tomei suplemento vitamínico indicado pelo médico e continuava na livre demanda. Meu filho ganhava peso e eu continuava perdendo quilos. Meu cabelo estava caindo muito e eu já tinha emagrecido quase 30 quilos, para o desespero de todos. Me perguntavam: “como uma pessoa tão magrinha pode ter nutrientes para amamentar? Seu leite já deve estar fraco, igual a você!”</i></div>
<div>
<i><br />Eu tampava os ouvidos e continuava a amamentar. Meu marido me dava comida na boca para ter certeza que eu estava me alimentando bem. Nenhuma roupa me servia, estava esquálida. Quando o Joaquim completou 8 meses procurei uma nutricionista e um estúdio de pilates, queria recuperar <br />meu vigor físico. Com ajuda desses dois profissionais consegui ganhar peso e fazer uma atividade física compatível com minha nova realidade. Eu não tinha tempo nem podia abusar dos exercícios porque ainda amamentava e tinha feito cesárea.</i></div>
<div>
<i><br />Voltei a trabalhar meio-período quando meu filho estava com 1 ano, outro desafio! Agora era conciliar a vida de mãe, com casa, trabalho e vida social. Ainda estou tentando, nem sempre é fácil, tem semana que não consigo treinar, minhas prioridades agora são outras. Meu corpo nunca será <br />o mesmo de antes, mas está muito bom para uma mulher de 34 anos."</i></div>
<div>
<br />Sofia Arantes<br /><br />*Esse depoimento encontra-se no capítulo "Como meu corpo mudou" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a></div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-693304531306756652017-01-26T09:00:00.000-02:002017-01-26T09:00:15.674-02:00Nasci para adotar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-ADCwftjAUuA/WIJBF9w-3aI/AAAAAAAAA2A/E77Sp0tKvxcxJCkSZG41RKpP4hVtakQUgCLcB/s1600/blog02.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-ADCwftjAUuA/WIJBF9w-3aI/AAAAAAAAA2A/E77Sp0tKvxcxJCkSZG41RKpP4hVtakQUgCLcB/s400/blog02.png" width="400" /></a></div>
<i>"Minha mãe conta que desde pequena eu via crianças menores e dizia “vamos levar pra casa, mamãe?” e ela respondia “esse bebê não é nosso, Adriana, olha a mãe dele”, eu insistia “vamos pedir pra ela!”</i><div>
<i><br />Quando comecei a namorar “sério” perguntei ao meu namorado se ele fazia questão de ser pai biológico, pois eu queria adotar e se ele não concordasse era melhor terminar tudo ali mesmo. Ele respondeu que ficaria comigo para o que eu quisesse e depois de 2 anos nos casamos. Entramos na<br />fila de adoção. Não impusemos nenhum tipo de restrição, seria nossa a criança que aparecesse!</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i> Mesmo assim, foram 3 anos de espera. Eu não aguentava mais ver o meu número na fila que não andava. Até que um dia me ligou uma assistente social. Havia um menino de 1 ano. Cheguei antes do meu marido e de cara me apaixonei pelo Miguel!</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Quando meu marido chegou fomos informados de que ele tinha um irmão de 3 anos e que não era possível separar os dois. Não tivemos dúvida: queríamos os dois! Muita burocracia depois, idas e vindas, e finalmente estávamos com nossa família em casa.</i></div>
<div>
<i><a name='more'></a></i></div>
<div>
<i>O Miguel sempre foi muito amoroso, o Anderson mais agressivo. Acho que por ser mais “velho” tem mais recordação da família biológica e é mais difícil para ele aceitar a rejeição e mudança, mesmo que isso não seja racional. Ele frequenta psicóloga duas vezes por semana. Às vezes fica mudo, ninguém consegue fazer ele falar, só o pai. Os dois são muito unidos, mas é difícil pra ele mesmo assim.</i></div>
<div>
<i><br />Não tenho nenhum arrependimento. Gostaria de ter mais condições para adotar outros filhos, espero que no futuro isso seja possível. Amo demais minhas crianças, hoje com 4 e 6 anos. São lindos e corajosos, pois imaginamos por quantas lutas eles passaram até chegar a nossa casa. Sou<br />grata por eles existirem. Fico triste por existir famílias que não conseguem ter estrutura para manter a família. Que Deus abençoe todas as pessoas que podem e querem adotar."</i></div>
<div>
<br />Adriana Perez<br /><br />*Esse depoimento encontra-se no capítulo "Filhos do coração" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a></div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-34797363168923773162017-01-20T09:51:00.002-02:002017-01-20T09:51:57.872-02:00Minha decisão de ser mãe foi só minha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-neMbunnkef0/WIH5bU5r1yI/AAAAAAAAA0s/7e_au6bS-8sduTTWMLsBzpkKcQemjENCgCLcB/s1600/maes2101a.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-neMbunnkef0/WIH5bU5r1yI/AAAAAAAAA0s/7e_au6bS-8sduTTWMLsBzpkKcQemjENCgCLcB/s400/maes2101a.png" width="400" /></a></div>
<i><br />"Minha história começa quando tomei a decisão de ser mãe. Sempre tive muita afinidade com crianças, mas a minha vontade de ser mãe surgiu por volta dos 25 anos, quando eu já tinha certeza de que eu queria ser mãe.<br /><br />Eu tinha uma parceira e começamos a conversar sobre como faríamos para ter filhos. Assim surgiu a ideia de fazer uma fertilização in vitro. Nessa época, com 25 anos, comecei a pesquisar sobre isso, também comecei a quebrar alguns mitos dentro de mim, dentro do que eu achava certo e errado, comecei a ver preço e entender melhor todo esse processo. Muita coisa aconteceu e esse meu "projeto" foi adiado. Somente agora, aos 32 anos de idade, é que de fato decidi realizá-lo, pois tenho uma situação estável financeiramente e na família. Tenho um relacionamento de cinco anos, mas a decisão de ser mãe foi única e exclusivamente minha, não foi uma decisão da minha parceira, nem com a participação dela. Então, independente do que ela decidisse, eu já estava com isso definido, eu queria ser mãe, sim. Fui buscar os melhores médicos, as melhores clínicas, fui me informando sobre todo o procedimento da FIV. Como eu sou da área da saúde, tive bastante facilidade em ter essas informações e acabei escolhendo uma clínica por indicação de uma amiga.</i><div>
<i><a name='more'></a></i><div>
<i>A fertilização mexeu muito com a minha cabeça, tomei muito hormônio, e fui ficando bem saturada dos remédios. Isso mudou bastante meus aspectos físicos e emocionais. Eu fiquei bastante diferente e abalada por conta dessas alterações hormonais, que pra mim tiveram bastante impacto. Em dezembro eu fiz a retirada dos óvulos e a inseminação. Depois de um mês fiz o primeiro teste de gravidez e deu que tinha evoluído dois óvulos, os dois que tinha fertilizado estavam se dividindo e progredindo <br />conforme o cronograma e aí eu fiquei grávida de gêmeos.<br /><br />Foi hora de contar para a família e amigos. Nessa fase tive apoio, mas também muitas críticas, inclusive de quem eu menos esperava. Foi muito triste ouvir que eu estava sendo louca, que meus filhos não teriam o nome de um pai na certidão de nascimento, etc. Não acreditava no que ouvia, afinal, muitos pais registram seus filhos e são completamente ausentes! Me julgaram sem me perguntar se eu estava feliz. Uma crítica em particular me magoou muito, fiquei perdida, sem chão. Mas, decisão é decisão e eu estava certa da minha escolha. <br /></i></div>
<div>
<i>Quando eu estava com mais ou menos quinze semanas, fiquei sabendo que era um casal e aí foi aquela felicidade. Já estava feliz por conseguir ficar grávida na primeira tentativa e depois por estar grávida de gêmeos e um casal, que hoje é a Ana Luiza e o Luís Miguel. O Luís Miguel partiu, no nascimento descobrimos que ele já tinha falecido há pelo menos 24 horas, foi a parte dura da minha gestação, porque a gente vai para o final hiper-feliz com duas crianças, tudo preparado para duas crianças, e o dia do nascimento foi um dia de luto e de felicidade, porque eu vivi os dois sentimentos ao mesmo tempo. É difícil falar disso ainda, porque eles foram muito desejados, eles são muito desejados, eu queria muito essa gravidez, queria muito essas duas crianças, a gente se preparou para tê-las, para recebê-los, então foi uma parte difícil. Mas minha filhota está a í, supersaudável, super de bem, ela traz muita felicidade para nossa família, eu tô muito feliz por ter essa oportunidade de ser mãe, muito realizada, se eu soubesse que era tão bom assim, eu tinha feito aos 25 anos para poder viver mais tempo ao lado deles, porque realmente foi e está sendo muito bom e todo dia aprendendo um pouquinho mais.<br /><br />Agora já estou na fase de adaptação para voltar ao trabalho, que é bem difícil, falta um mês para eu voltar e já está sendo dolorido. A adaptação de alimentação ainda não, a adaptação de eu conseguir deixá-la um pouquinho em casa com a minha mãe, que é quem vai ficar cuidando dela. Eu consigo ficar três, quatro horas fora de casa e estou observando como elas estão interagindo e até as mamadas estou prolongando mais, no máximo de quatro horas, para ela ir se adaptando. E quando faltar quinze dias para eu voltar ao trabalho, começamos o processo de adaptação alimentar, vamos começar a introdução de frutas, para um horário só do dia, então substituirá uma única mamada, as outras eu vou fazer a retirada do leite, vou congelar e a gente vai fazendo esse controle pra ela ir se adequando.<br /><br />Faria tudo de novo, exatamente igual, talvez fizesse antes se soubesse o quanto é bom. A opinião dos outros é a opinião dos outros, às vezes magoa, principalmente quando estamos mais sensíveis, mas passa. <br /><br />Pessoas que me criticaram hoje são apaixonadas pela minha filha, fico feliz por isso. O importante é viver esse amor todo. Ser mãe é maravilhoso."</i><br /><br />Ellen Bastos</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
*Esse depoimento encontra-se no capítulo "O julgamento nosso de cada dia" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a></div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-14320369495466219022017-01-12T11:50:00.000-02:002017-01-12T11:51:32.038-02:00Julgadores de plantão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-_nRPZ9xyH9k/WHeJYul50cI/AAAAAAAAAy0/dCR_ikFqXFs7ZD3AlfkA9LzH-L705XglwCLcB/s1600/maes1410a.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-_nRPZ9xyH9k/WHeJYul50cI/AAAAAAAAAy0/dCR_ikFqXFs7ZD3AlfkA9LzH-L705XglwCLcB/s400/maes1410a.png" width="400" /></a></div>
<i><br />"Confesso que sempre reparei na reação de algumas mães por aí. Pensava: “Quando eu tiver meu filho vai ser diferente: ele não fará birras, ele vai se comportar bem porque eu vou saber educá-lo para isso. <br />Porém, quando meu filho nasceu tudo foi diferente. Passei de juíza a réu. Ser mãe parece uma tarefa muito fácil para quem não está dentro da situação. Nem sempre a reação de uma mãe agrada a todos e, mesmo sem saber o real motivo daquela situação, as pessoas tendem a tirar conclusões precipitadas ou intrometer-se onde não convém. Certa vez meu filho teve um episódio de constipação intestinal e fomos ao hospital. Por esperar muito tempo em jejum para realização de um exame, meu filho começou a pedir comida. <br /><br />- Mãe, me dá pastel? Mãe, me dá chocolate?<br /><br />A enfermeira me questionou se ele só comia isso, pois não podia, afinal aquele problema que estávamos enfrentando no momento era de má alimentação. Respondi que não, que ele comia outras coisas sim, que aquele episódio foi algo isolado e que ele pede coisas gostosas por ser criança, ele ainda não sabe o que é ou não saudável, ele tem apenas 2 anos de idade.</i><br />
<div>
<i></i><br />
<a name='more'></a><i><br /></i></div>
<div>
<i>Outra situação bem chata foi quando eu estava em um estacionamento aguardando o manobrista trazer meu carro. Eu me sentei em um banco, ao lado de uma senhora. Meu filho, envergonhado por causa da senhora, não quis sentar-se. Ele levantou e se afastou um pouco. Eu o chamei para perto de mim e ele gritou: - Vem aqui você! Levantei-me, não para obedecê-lo, mas para tentar trazê-lo para perto de mim, mas a senhora que estava do meu lado me segurou pelo braço e disse: - Não faça as vontades dele!<br /><br />Achei bem desagradável, nos dois episódios me senti invadida por opiniões que não pedi e que só serviram para eu me achar uma má mãe. Toda mãe precisa ser compreendida antes de ser julgada.<br /><br />Não existe uma receita perfeita para criarmos nossas crianças. Temos apenas que ter a convicção de que estamos fazendo o melhor para elas dentro do nosso próprio conceito de “mãe perfeita” e despistar os julgadores de plantão." </i><br />
Ercilia Sales<br />
<div>
<br /></div>
<div>
*Esse depoimento encontra-se no capítulo "O julgamento nosso de cada dia" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a></div>
</div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-36067807860007979982016-12-28T17:26:00.001-02:002017-01-05T10:53:15.078-02:00Trabalhar como uma “pessoa normal”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="Normal1" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-NtuyDobaeRs/WGZI-Gn5G_I/AAAAAAAAAvg/repzDMpyQecwe-0pHSoHRv9FFCXsq0RDACLcB/s1600/maes2311a.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-NtuyDobaeRs/WGZI-Gn5G_I/AAAAAAAAAvg/repzDMpyQecwe-0pHSoHRv9FFCXsq0RDACLcB/s320/maes2311a.png" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<i>"Quando meu filho nasceu eu tinha 22 anos, era solteira e estava terminando a faculdade de Direito. Minha vida era bem tranquila, morava com meus pais e não trabalhava. O Antônio não foi “encomendado”, o pai dele e eu não tínhamos intenção nenhuma de casar, e, então, decidimos que depois que ele nascesse cada um continuaria vivendo em suas próprias casas.<br /><br /><br />Minha mãe ficou do meu lado. Meu pai e irmão fizeram muitas críticas, mas depois foram se acostumando com a ideia. Consegui concluir a faculdade e estava decidida e trabalhar depois que o Antônio completasse 6 meses. <br /><br />Doce ilusão! Comecei a procurar trabalho/estágio somente quando meu filho completou 1 ano, pois era muito difícil imaginar deixá-lo aos cuidados de outras pessoas (mesmo que fosse minha mãe e babá). Foi muito sofrido ter que me separar dele para buscar emprego, mas eu queria construir um futuro para nós dois com meu próprio esforço.</i><br />
<a name='more'></a><i><br />Percorri vários escritórios de advocacia em busca de estágio ou efetivação, enquanto eu estudava para prestar a OAB. A OAB foi uma vitória quando consegui, mas ainda estava sem emprego após 5 meses de muita busca. Sempre que contava do meu filho sentia um olhar de desapontamento, como se ele fosse me impedir de trabalhar satisfatoriamente. <br /><br />Eu dizia, nesses momentos, que tinha estrutura em casa para cuidar dele, que eu não faltaria no trabalho, nem me atrasaria, mas nada adiantava. Ninguém falava nada, até porque é contra a legislação trabalhista qualquer tipo de preconceito. Entretanto, eu sentia o preconceito.<br /><br />Eu estava com quase 25 anos e ninguém me dava uma oportunidade, mesmo tendo estudado numa excelente faculdade e ter OAB. Foi, então, que durante uma entrevista, já cansada de ser discriminada, eu decidi ocultar o fato de ser mãe. Me senti péssima, meu coração rachou, a voz saía doendo da garganta, mas foi a única opção que tive. Bingo! Como suspeitava, o fato de não dizer que sou mãe abriu as portas de uma vaga. Fui contratada.<br /><br />Foram meses horríveis, pois não podia contar absolutamente nada a ninguém do escritório sobre meu filho, quando ele brincava, quando falava uma gracinha, quando se machucava. Excluí meu perfil das mídias sociais para que ninguém do escritório achasse estranho não adicionar os colegas, eu dizia apenas que não gostava do Facebook. Trabalhei lá por 10 meses, até que não aguentei mais e pedi demissão. Assustado, o dono do escritório me perguntou o motivo, pois estava tudo bem, eu tinha um ótimo desempenho e todos gostavam de mim e enxergavam um bom futuro para minha carreira.<br /><br />Fui sincera, contei sobre meu filho, sobre as dificuldades de viver naquela farsa e os motivos pelos quais escondi essa verdade durante a entrevista. Para minha surpresa, a reação do meu chefe foi de estranhamento, sim, mas também foi positiva. Ele disse que se esse era o motivo eu poderia continuar trabalhando, não haveria problemas, pois eu já havia mostrado que era capaz de trabalhar como uma “pessoa normal”. Ter usado esse termo acabou comigo... Como assim, “pessoa normal”? Eu não sou normal porque sou mãe? Preciso provar antes que “sou normal” (sob os critérios de quem?) antes de ser aceita? Engoli seco, agradeci mesmo assim a compreensão e disse que não poderia aceitar a “gentileza”.<br /><br />Voltei a procurar emprego, mas decidi prestar concurso público para não ter que passar novamente pelo que passei. Como sempre estudei muito e meus pais sempre me proporcionaram boas oportunidades, tenho uma ótima bagagem educacional. Passei num concurso, na minha área, e estou trabalhando há 2 anos. Estou feliz agora, mas gostaria de contribuir para uma sociedade que não discriminasse uma profissional porque ela é mãe. É injusto, ilegal e desumano."</i><br />
<b><br /> Alice Motta</b><br />
<br />
*Esse depoimento encontra-se no capítulo A volta ao trabalho do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a></div>
<div class="Normal1" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "book antiqua" , "serif";"><b><o:p></o:p></b></span></div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-91088867067414197002016-11-23T17:39:00.003-02:002017-01-05T11:15:29.489-02:0014 dias - Um Tempo Interminável <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-BL_AHdvFgZc/WDXvsH3G1cI/AAAAAAAAAjw/VcrRj2XTojA3f-EUTDW0iveRy5QrvpFhwCLcB/s1600/maes2311a.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-BL_AHdvFgZc/WDXvsH3G1cI/AAAAAAAAAjw/VcrRj2XTojA3f-EUTDW0iveRy5QrvpFhwCLcB/s400/maes2311a.png" width="400" /></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Antônio, filho da Leticia, precisou ser internado na UTI ainda recém-nascido e ela nos conta como foi a experiência.</div>
<div align="right" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<i>“Precisamos internar. E vai ser direto na UTI.” Com essa frase, meu mundo, que já estava à beira de um colapso, caiu de vez. Antônio tinha apenas SETE dias. <br /><br />Nasceu num parto normal - 40 semanas e 2 dias de gestação. Gravidez super saudável. Estávamos tentando engrenar na amamentação e vivendo os típicos nada normais primeiros dias em casa de um recém-nascido. <br /><br />Mas naquela segunda-feira à noite, meu filho não estava bem. Não respirava direito. Eu tenho asma desde criança e sei identificar quando algo não vai bem nessa área. Perceber o problema no meu bebê foi totalmente assustador. Por telefone, a pediatra nos passou orientações durante toda a noite; queria evitar que fôssemos a um Pronto Socorro e o expuséssemos à toa. Mas não aguentamos e fomos. Passamos a madrugada e nos liberaram. Devia ser apenas alguma indisposição normal.<br /><br />SÓ QUE NÃO!</i><br />
<a name='more'></a><i>Ao longo do dia, Antônio piorou. Não queria mamar de jeito nenhum e tinha muita dificuldade para respirar. Meu medo era gigantesco. Fomos à pediatra. Houve algumas tentativas de fazê-lo melhorar, mas nada. A melhor medida seria ir ao hospital novamente. No Pronto Socorro, aquele caos - lotado, cheio de criança espirrando, tossindo. Era abril, aquele clima esquisito. Ele foi atendido. Inalação, exame de sangue (sim, agulha no bracinho minúsculo). Antônio não chorava. Eu, sim. Foi quando uma médica disse aquelas palavras do início do meu relato. Suspeitavam de bronquiolite. Vi meu marido soluçar de chorar ao lado do Antônio.<br /><br />Uma médica, já na UTI neonatal, nos recebeu e, pacientemente, conversou bastante conosco. Foi sensível, informativa; foi líder. Explicou sobre o possível diagnóstico, as primeiras medidas, como funcionava a UTI. E essa pessoa, de quem não sei mais o nome, deu talvez o principal conselho pra uma mãe naquela situação. “O melhor remédio para o seu filho será o seu leite. Para ter leite, você precisa dormir. Pra dormir, você precisa ir pra casa à noite, descansar à medida do possível, se hidratar e se alimentar. Se não fizer isso, o leite vai secar.”<br /><br />Sair do hospital foi difícil, mas chegar em casa sem ele nos braços foi inexplicável. O que ajudou? O conselho da médica. Aquilo virou meu mantra. Tomei banho, deitei e capotei. Meu foco seria ficar bem para tê-lo bem. Meu foco era ter leite. Meu foco era o que estava em minhas mãos. <br /><br />Dali em diante foram dias muito difíceis. Uma angústia e um temor pela incerteza da vida. Senti cedo essa dor absurda que é ser mãe. Esse amor absurdo que é ser mãe. Houve momentos de alívio, muitos de angústia. Houve melhoras. Houve pioras. Houve tanta dúvida. Os sintomas eram todos mesmo de bronquiolite. Porém, nos exames nada constava. <br /><br />No hospital, conhecemos muitos médicos, enfermeiras, técnicas de enfermagem, fisioterapia respiratória, nomes de medicamentos, outros bebês e outros pais. Ali também conheci o lactário, o lugar que virou meu retiro, minha sessão de terapia com outras mães, meu refúgio pra chorar, meu martírio com as contas dos volumes do leite tirado, minha sala de descompressão. <br /><br />Aliás, essa parte tensa. À medida que ele precisava mais do meu leite (por sonda), mais tinha impressão de que eu não ia conseguir. Tive de dormir em casa de amiga vizinha do hospital. Tive de dormir no próprio hospital. Tudo para dar conta de deixar leite suficiente para ele. Fiquei maluca, mas ele ficou exclusivo com leite materno. Uma exceção no universo das UTIs. Tudo conspirou e tenho certeza que isso ajudou no poder de reação dele.<br /><br />Amadureci. Envelheci. Foi duro. Foram 14 dias de UTI. Pouco, perto de mães que estavam internadas desde o 6º mês de gestação, ou daquelas que acompanhavam os filhos há mais de 40, 50 dias por inúmeros motivos. Muito, perto do que eu esperava. <br /><br />Sobrevivemos. A gente vive o que precisa viver. E aprendi muito. <br /><br />Aprendi que a vida é mesmo imponderável. Aprendi que quando nasce uma mãe, nasce uma culpa que só cresce. Aprendi que quando seu bebê vai para uma UTI, a última coisa é descobrir os porquês daquilo estar acontecendo. Aprendi que o leite materno salva; que pra ter leite materno é preciso dormir, se hidratar e se alimentar. <br /><br />Aprendi que rir é fundamental mesmo na merda; ouvir as histórias dos outros e contar a nossa é terapia; os bebês são muito mais fortes do que podemos supor e que eles entendem absolutamente tudo o que acontece. <br /><br />Aprendi que devemos falar com os nossos recém-nascidos, sem exagerar na vitimização, e nem, por outro lado, subestimar a dor deles. Aprendi a agradecer a Deus por cada dia de vida e cada conquista. Aprendi a amar de um jeito único. Aprendi a ser mãe. <br /><br />Não...na verdade, isso aprendo todos os dias.<br /><br />[escrito 1 ano e 7 meses depois dessa aventura louca da vida desta mãe que hoje chora muito mais de alegria do que de tristeza e acha que cansaço é quando o pequeno demora pra dormir de tão eufórico. Lembrar de todo o começo torna, hoje, tudo mais simples. Ah e tem mais coisa boa deixada pela UTI. Ela deixou de ser bicho-papão. Foi boa e necessária. Antônio, meu marido e eu saímos muito mais fortes dela. Não é qualquer coisinha que nos abate. Não mesmo!]<br /><br />Letícia Fagundes é mamãe do Antônio.</i><br />
<i><br /></i>
<br />
*Esse depoimento encontra-se no capítulo "Mães de UTI" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a>Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-14762402229036412392016-08-11T10:17:00.000-03:002017-01-05T10:47:27.746-02:00Minha relação com a maternidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-TSAj0hCFfJQ/V6x6uRzglnI/AAAAAAAAARk/EPgsIgtZO1gIuo06R2pyx-HgsF2H95kTwCLcB/s1600/maes1108.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-TSAj0hCFfJQ/V6x6uRzglnI/AAAAAAAAARk/EPgsIgtZO1gIuo06R2pyx-HgsF2H95kTwCLcB/s400/maes1108.png" width="400" /></a></div>
A mamãe Elaine contou sua linda história com o João Pedro, os momentos difíceis, as alegrias, as dúvidas e preocupações. E também dividiu com a gente algumas dicas sobre a maternidade.<br />
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>"Há 13 anos, após 4 anos de relacionamento, meu marido e eu
sabíamos que queríamos construir juntos uma família, já tínhamos a base,
que era o nosso amor e o anseio por um filho(a). Então, dedicamos a nos
entregar a ele de corpo, alma e coração. Dezembro/2007 ocorreu a
57
oficialização da nossa união e já estávamos prontos para receber nosso
anjinho, pois já tínhamos nos formado e oficializado a nossa união, porém,
Deus tinha benção em dose dupla, pois pouquinho antes de descobrir que
estava grávida, fui promovida em meu trabalho. Enquanto aguardava para
assumir este novo desafio, descobri que estava grávida de 15 dias. Era
apenas uma sementinha, mas o coraçãozinho já estava ali, batendo muito
rápido. Quanto emoção! Minha cabeça ficou a mil por hora, por imaginar
como administraria tanta novidade ao mesmo tempo e de uma única vez.
Foi então que resolvi, viver um dia de cada vez. </i></div>
<div>
<i></i><br />
<a name='more'></a></div>
<div>
<i>Logo no início da minha gestação eu tive descolamento da placenta,
a médica havia recomendado que me afastasse para repousar. Foi uma difícil
decisão, mas não poderia colocar em risco o meu emprego, em especial neste
momento e sabia também que não poderia colocar o bebê em risco. Decidi
me cuidar enquanto trabalhava, redobrei atenção com o que ingeria, evitava
esforço, como subir e descer escadas e usei as medicações à risca. Deu tudo
certo! ? Trabalhei firme e forte até 37 semanas e com 38 ele nasceu, com 48
cm e 2.100 kg. Pequenino, um anjinho muito especial,“chaveirinho”" do pai. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Ele teve icterícia, mas logo ficou bem com o banho de luzes. Nasceu
com refluxo e isso nos deixava em pânico! Não sabia ao certo como lidar
com a situação. Praticamente não dormia com medo dele se afogar
dormindo. Colocamos colchão apropriado, mamadeiras especiais que
controlava o fluxo de saída, tudo para aliviar os sintomas. Toda leitura
recomendada estava em minhas mãos, foi quando quase pirei de tanta
informação e tantos cuidados que dediquei ao meu pequeno. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Um breve parênteses, cinco anos antes de engravidar, eu havia feito
a redução de mama, não sei se impacta ou não, no meu caso, tive pouco leite,
ainda assim insisti na amamentação até o 8º mês, quando ele largou. Foi bastante difícil, porque queria muito amamentá-lo e resisti muito ao
complemento. Todo aquele processo me causava um certo sofrimento e uma
frustração, um sentimento de incapacidade, pois eu queria ser a única fonte
de alimento do meu filho. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Ele já estava com um mês e ainda não tínhamos acertado o pediatra,
pois os que tínhamos visitado até então, não apoiava eu dar o peito já que
quase não saia leite. Foi quando, um presente enviado por Deus, intermédio
de uma conhecida que me indicara o gastro para tratar o refluxo, no mesmo
consultório atendia também o pediatra, este anjo, Dr. Sérgio Armando, que
com muita destreza dedicou mais de uma hora explicando a mim e ao meu
marido como cuidar daquele serzinho tão frágil. Foi um alívio! Toda dúvida,
prontamente nos dava o direcionamento e nos acalmava. Foi ele, que
diagnosticou que o nosso filho tinha alergia à proteína do leite de vaca, nos
deu todo direcionamento necessário para que ele tivesse o complemento
correto, que no caso era o neocate - aminoácidos livres. Ele fez o uso deste
aminoácido até um ano, depois mudou para leite em pó e o restante aos
poucos foi sendo liberado. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Posso afirmar que não sabemos como seremos como pais até
sermos, pois eu não sabia que seria uma mãe metódica, cheia de receios e
cuidados excessivos. Hoje repenso que, se voltasse no tempo, agiria com
menos rigidez comigo mesma e a intensidade que imprimia aos que me
cercavam.</i><br />
<i><br /></i>
<i> Algumas coisas me ajudaram, muito! Outras, atrapalharam! Como
exemplo das coisas que me ajudaram: ler o livro da encantadora de bebês e
criar a rotina; ele tem o diário registrado até os 3 anos; eu trabalhando fora,
me ajudou a acompanhar um pouco mais da rotina dele, compreendendo
melhor nos finais de semana. </i><br />
<i><br /></i>
<i>O que atrapalhou? Foi eu querer seguir TUDO absolutamente tudo
à risca. Hoje eu sei que se fizer papinha e ocorrer a necessidade de congelar,
não fará mal, porém, eu fazia questão de fazer tudo na hora, sim! Tudo
fresco, inclusive se fosse viajar, então pensem na logística, era sempre uma
tensão. Preocupava-me com o tipo da panela, nada no microondas, com
pouco tempero. Tudo muito à risca, não ousaria fazer diferente porque me
sentia negligenciando algo que pudesse colocar o meu filho em risco. Enfim,
tudo muito intenso. Uma intensidade que me custou algum desgaste,
porque tudo que é exagerado não é bom, então rapidamente resolvi colocar
um ponto final e reencontrar o equilíbrio, para o bem e a paz da
humanidade. Em especial do meu papel também como esposa. Afinal, além
de mamãe também somos mulheres. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Voltando a maternidade, até os 4 aninhos do meu filho eu era
incisiva em afirmar que só teria um filho, porém, com o passar do tempo,
pensar no futuro e passar a fase de toda essa desnecessária intensidade,
passei a considerar a possibilidade do segundo filho(a). Porque entendi que
um é pouco, dois é bom e serão eternamente companheiros, pelo menos é o
que planejamos que sejam, apoio um ao outro. Seria egoísmo não dar essa
parceria ao João Pedro. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Por fim, concluo que tudo passa. Os medos, as dúvidas, as
angústias e que os nossos pequenos crescem muito rápido. Tudo se resume
em estímulos, receberemos o que oferecemos a estes pequenos. Zelamos
muito pela educação e valores que entregamos ao nosso filhote. Hoje
vivemos com ele a fase em que tem opinião própria, os vários amigos,
influências externas e sabemos que não teremos controle absolutamente de
100% do tempo dele. Por isso, nos preocupamos muito com as raízes que cultivamos: respeito, regras claras, rotina estruturada, bons exemplos (pois
fará o que fazemos e não o que necessariamente falamos). </i><br />
<i><br /></i>
<i>Ser mãe me tornou um ser humano ainda mais tolerante, me fez
conhecer um amor muito, muito maior do que tudo que já havia vivenciado,
me tornou melhor servidora, me fez descobrir emoções desconhecidas até
então. Ser mãe é a melhor coisa do mundo, pois mesmo com toda essa
dedicação e responsabilidade que nos acomete, ao mesmo tempo somos
grandemente recompensados, com um sorriso, com uma evolução, uma
superação peculiar do seu pequeno. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Voltando um pouquinho, tomamos a decisão de colocar meu filho
na escolinha aos 3 aninhos, quando já falava, para que pudesse nos relatar a
sua experiência (essa era a nossa preocupação). Dos cinco meses até os 6
anos eu tive um segundo anjo enviado por Deus que foi essencial para eu
conseguir trabalhar em período integral e colocá-lo apenas meio período na
escola, recomendo se tiver essa opção. Me ajudou muito! E até hoje é lindo
ver a relação dos dois mesmo já fazendo mais de um ano não estando mais
conosco. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Resumindo os acertos: </i><br />
<i>1) ter um bom pediatra (que também se disponibilize pelo celular), porque
um profissional bem preparado lhe acalmará e dará o melhor direcionamento nos
momentos de apuro; </i><br />
<i>2) uma pessoa que te ajude, em especial se você trabalha fora, assim você
conseguirá imprimir as condições que deseja e manter a ordem necessária; </i><br />
<i>3) criar uma rotina, seguramente ajudará o seu filho(a) a ter a segurança
necessária e entender como será o seu dia e lidar com a questão da disciplina;</i><br />
<i>4) não dar refrigerante (hoje meu filho com 7 anos não toma, porque eu não
ofereci quando menor), sei que faz mal, por que vou dar? </i><br />
<i>5) sucos somente naturais, somente açúcar da fruta (segurei o máximo que
pude, depois optei pelo demerara);</i><br />
<i>6) carteirinha de vacinação em dia, evitará a vulnerabilidade a inúmeras
doenças; </i><br />
<i>7) água, só ajudará neste bom hábito;</i><br />
<i> 8) estimular para um esporte (o meu ama futebol), o ajudará a criar
vínculos, respeitar diferenças, trabalho em equipe, superação, etc.; </i><br />
<i>9) colocar numa escola que entregue os mesmos valores que você cultiva
em casa. Como é importante você acreditar no trabalho pedagógico que a escola
desenvolve, aposte nisso!; </i><br />
<i>10) reforços positivos sempre! Elogie sempre os acertos, estimule o seu filho
a fazer e desenvolver a autoconfiança. </i><br />
<i><br /></i>
<i>O que sei é que cada fase é um aprendizado, é algo que faz com que
você busque recursos de apoio. Pra mim a arte de educar realmente é a mais
desafiadora, pois temos a missão de entregar ao mundo cidadão com caráter
incorruptível."</i><br />
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Elaine é mãe do João Pedro.<br />
<br />
<br />
*Esse depoimento encontra-se no capítulo "Filhos: um, dois, três, sempre um desafio" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a></div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-24467090311465665682016-08-04T16:20:00.001-03:002017-01-05T10:52:50.160-02:00Reaprendendo a distribuir amor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-0sYuXl8gF-I/V6OVdd5L3mI/AAAAAAAAARU/wZEIjWc009g5xTBwdrQvIRDJLcGrwjBgwCLcB/s1600/maes0608.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-0sYuXl8gF-I/V6OVdd5L3mI/AAAAAAAAARU/wZEIjWc009g5xTBwdrQvIRDJLcGrwjBgwCLcB/s400/maes0608.png" width="400" /></a></div>
Estamos na Semana Mundial de Aleitamento Materno e, por isso, trouxemos hoje a linda história da mamãe do Léo, a Marcela. Ela nos contou a dificuldade inicial da amamentação e como conseguiu superar.<br />
<br />
<i>“Sou Marcela, mãe do Leonardo, de 4 meses e meio. Durante a
minha gestação me preocupei muito com o parto, qual o tipo e as
consequências de cada um. E pesquisei muito sobre maternidade, me
destinei a fazer exercícios durante a gravidez, ter uma alimentação saudável,
estudar sobre o sono do neném e inclusive conhecer músicas para bebês. Li
sobre tudo, quase tudo! Tinha um assunto que eu achava que não precisava
estudar, a leitura era: amamentação. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Para mim quando o Léo nascesse ele já saberia como sugar. Bastaria
que eu colocasse o seio pra fora da roupa e tudo certo, amamentaria até os 6
meses no mínimo e era isso. Doce inocência, doce ilusão que seria fácil. E
mais, me senti vítima do mercado e indústria de bicos artificiais
(mamadeiras e chupetas). No enxoval, as mamadeiras eram diversas em
minha lista, chupetas não poderiam faltar, uma vez que elas acalmam o
bebê. Ok! Lá fui eu para maior aventura da minha vida: amamentar! </i><br />
<i></i><br />
<a name='more'></a><br />
<i>Os primeiros dias de amamentação foram a prova de que eu jamais
tinha sentido dor igual, a dor do parto é fichinha (cesárea, pelo menos) perto
do que é amamentar com os bicos dos seios feridos. Nos primeiros dias eu
jamais tinha ouvido falar em pega correta ou errada, o Léo sugava da forma
errada e isso fazia com que meus bicos ficassem cada dia mais feridos,
chegou a sair sangue e precisei ser segurada pelos braços e pernas pelo meu
marido para conseguir amamentar de tanta dor. Na madrugada (momento
em que as mães ficam realmente sozinhas com os bebês) eu pensava em
desistir e, ao mesmo tempo, meu instinto de mãe gritava dentro de mim
para continuar. A dor e o cansaço estavam me vencendo</i><br />
<i><br />Erro número 1: Chupeta: Na ânsia por descansar eu acabei comprando e dando
chupeta para meu filho. Ok, naquele instante ele realmente se acalmou. Ele ficava
chupando chupeta por muito tempo quando não estava mamando e aquilo me tirava
horas de sono. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas, gente, vamos lá, o peito foi feito para "chupetar", sim! É nesta
hora que o bebê se embebeda de amor e carinho, porque ao "chupetar" ele
sente que a mãe não está ali só para alimentá-lo com o seio. Mas como eu
disse: dar a chupeta foi o primeiro erro! </i><br />
<i><br /></i>
<i>Erro número 2: Oferecer dois tipos de chupeta: Sim, eu estava em uma farmácia e
precisava ter mais de uma chupeta, pois ia viajar e o medo de por acaso perder a
única chupeta me dava calafrios. Comprei uma linda, marca boa e que brilhava no
escuro. Porém, o bico era diferente da que ele usava, coitado do meu filho né?! Três
bicos diferentes para usar, do seio, da chupeta 1 e da chupeta 2. Conclusão: começou
uma confusão de bicos. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Viajamos e quando oferecemos a chupeta 2 o Léo começou a se
irritar no seio. Iniciou um misto de sentimentos e dúvidas. O seio era um
refúgio pro meu filho e estava sendo motivo de estresse. Eu não tinha leite
suficiente? Meu leite era fraco? Ele não me ama mais? Sim! Cheguei a achar
que ele não me amava mais. Fui muito pouco orientada sobre os riscos que a
chupeta traria para a amamentação. Voltando de viagem, o Léo mal mamava
no peito e ficou 15 dias sem ganhar peso algum, e a tão temida fórmula
entrou em nossas vidas sem pedir licença. Junto com a fórmula veio o erro 3. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Erro número 3: Mamadeira: Ahhh, a mamadeira, que indústria maravilhosa que
existe, quantos modelos, cores e formatos, quantas marcas, preços e variedades!
Realmente encantador ler nos rótulos que o bico se assemelha ao seio! Os olhos das
mães desinformadas até brilham ao ler isso e imaginar que podem descansar um pouco enquanto o pai dá a mamadeira. Escolhi a melhor marca e me assegurei que o
bico fosse igual ao meu, comprei a fórmula e vamos lá. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Alimentamos meu filho com algo em pó que vinha em uma lata
fria, sem sentimentos e sem meu cheiro. Chorei muito, mas tinha que ajudar
meu filho a ganhar peso, uma vez que estava muito magrinho. Eu não sabia
que aquele ato de oferecer mamadeira fosse desmamar meu bebê, acabar ali
com o nosso sonho de seguir com a amamentação até os seis meses pelo
menos. A confusão de bicos estava instalada e o desmame já estava em seus
70%. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Passamos dias sem contato com o seio, aluguei bombinha elétrica e
passei a oferecer meu leite na mamadeira, uma vez que ele não queria mais o
seio. Porém, ele não sabia mais ordenhar da maneira correta, apenas estava
acostumado com a ordenha da mamadeira e com o fluxo intenso da mesma.
Meu peito explodia de leite, minha cabeça rodopiava em sentimentos ruins e
até mastite desenvolvi. Após um tempo meu leite começou a secar e, aí sim,
cai na real do caminho que estava seguindo! Resolvi mudar essa história,
começar do zero e acertar em vez de errar. Li bastante, me informei muito
sobre como relactar meu bebê e aumentar minha produção! </i><br />
<i><br /></i>
<i>Acerto número 1: Comecei tomando medicamentos (receitados pelo médico),
tomando muita água, chá da mamãe e tintura de algodoeiro, meu leite voltou com
tudo.</i><br />
<i><br /></i>
<i> Acerto número 2: a chupeta foi para o fundo da gaveta. E em quatro dias,
embalando o Léo dia e noite e deixando ele chupetar em meu seio 24hrs, a chupeta
artificial sumiu de nossas vidas! Após deixar a chupeta de lado, ele passou a dormir
12 horas ininterruptas por noite, com uma qualidade maravilhosa de sono! (antes,
até roncar ele roncava, coitadinho).</i><br />
<i><br /></i>
<i>Acerto número 3: comecei a oferecer fórmula em uma colher dosadora fazendo com
que Léo esquecesse como se ordenhava na mamadeira. Isso foi fundamental e meu o
bebê voltou a mamar no seio corretamente. Confesso que ainda hoje ofereço
mamadeira também, mas intercalar com a colher e oferecendo o seio faz com que ele
mame muito pouco em bicos artificiais. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Voltamos a ter nossos momentos maravilhosos! Voltei a me sentir plena e
realizada. Meu filho toma leite materno em livre demanda e poucas vezes
toma leite artificial. Sei que não estamos 100% mas sei que a cada dia
agradeço por ter vencido e chegado até aqui! Quatro meses e meio de livre
demanda e isso pra mim é a minha eterna vitória! </i><br />
<i><br /></i>
<i>Não interessa quantos ml o seu filho toma de leite materno, se é
exclusivo ou se intercala com complemento. O importante é não desistir de
oferecer o seio e que de alguma forma o seu leite chegue até o seu neném! O
Léo é feliz, eu sou feliz, vamos chegar aos seis meses porque eu tenho força
de vontade! Ele passa o dia todo no peito e eu assim passo o dia todo
sorrindo! Sou a mãe mais feliz do mundo! Quem sabe não chegaremos assim
aos 2 anos? </i><br />
<i><br /></i>
<i>Uma dica? Não dê chupeta e nem mamadeira! Seu seio tem tudo
que seu filho precisa. É lá onde ele vai se alimentar de leite e amor!"</i><br />
<br />
Marcela é mãe de primeira viagem do Léo.<br />
<br />
*Esse depoimento encontra-se no capítulo "Amamentação" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a>Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-32569570127295488452016-07-14T10:09:00.002-03:002017-01-05T10:54:39.289-02:00Não queria engravidar, mas a maternidade me mudou<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-LABWYFsNi5g/V4eOxMtnpjI/AAAAAAAAARE/DMxcFwUevT4iBbn0Q0FzxxjsRePe0EIqACLcB/s1600/maes1407.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-LABWYFsNi5g/V4eOxMtnpjI/AAAAAAAAARE/DMxcFwUevT4iBbn0Q0FzxxjsRePe0EIqACLcB/s400/maes1407.png" width="400" /></a></div>
A Ana, mamãe do Dudu, compartilhou com a gente como foi engravidar sem querer e as dificuldades da gestação e maternidade e, também, o amor envolvido.<br />
<br />
<i>"Por todos os motivos egoístas, a maternidade nunca foi um sonho pra mim. Nunca quis.Eu queria estudar, viajar, sair, ser livre. Eu via a maternidade como uma prisão. Então, meu marido e eu estávamos acertados que não teríamos filhos e sempre que alguém perguntasse, nos deveríamos desconversar.</i><br />
<br />
<i>Um dia, comecei a sentir meu corpo meio estranho: seios doloridos e um cansaço incomum. Lembrei que eu deveria ter ficado menstruada alguns dias atrás, ou semanas, porque também nunca marquei essas datas.</i><br />
<br />
<i>Num sábado, dia 9 de maio de 2015, um dia antes do Dia das Mães, fiz o primeiro teste de gravidez da minha vida e deu positivo.Fiquei muito nervosa, chorei porque eu não queria aquilo. Eu queria viajar e um filho ia atrapalhar isso. Meu Deus, como a gente muda, em algumas semanas eu estaria apaixonada por aquele ser que eu nem conhecia.</i><br />
<i></i><br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<i>Durante toda a gravidez sofri muito, sofri com dores, inchaço, formigamento nas mãos, mal estar, depressão, um cansaço e uma fadiga absurdos. Não tinha vontade de fazer nada. Apenas chorar. Eu só queria chorar. </i><br />
<i><br /></i>
<i>Havia também o agravante de eu ter engravidado 30 quilos acima do peso. Isso contribuiu muito para o mal estar constante que eu sentia.</i><br />
<i><br /></i>
<i>E toda vez que eu me queixava, alguém dizia que eu tinha que aguentar pelo meu filho, que eu tinha que aceitar meu filho. Isso foi o mais insuportável da gravidez: o julgamento eterno das outras mães, como se elas nunca tivessem sido mães de primeira viagem. Todas essas julgadoras já nasceram com vários filhos e experiências da maternidade nas costas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Eu amava meu filho. Estava feliz que ele estava a caminho. E meu sofrimento, minhas dores, minha vontade constante de chorar nada tinham a ver com ele. Não era por causa dele que eu chorava e me sentia mal, era a gravidez. Mas as outras mães não entendiam isso. No final da gestação, eu estava tao inchada que estava toda deformada.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Um outro motivo que me deixou "chateada" quando me vi grávida é que minha irmã, a pessoa que eu sempre mais amei no mundo, tentava ficar grávida há alguns anos e não conseguia. E eu pensava: "como pode, ela querer tanto e não conseguir e eu agora assim?". Mas três semanas depois que descobri minha gravidez, ela me ligou dizendo que estava grávida. Foi a coisa mais linda do mundo passar por tudo isso juntinho dela. Meu Dudu nasceu dia 21/12 e minha Clarice dia 22/01.</i><br />
<br />
<i>No dia 21 de dezembro de 2015 ele nasceu de cesariana. Achei o parto doloridíssimo, o que guardei segredo pra muitas pessoas, porque algumas parecem até que querem que a mãe de cesárea sofra mais.</i><br />
<br />
<i>Ele nasceu com água no pulmão, aquele bebe mais lindo do mundo, e ficou cinco dias na UTI.</i><br />
<br />
<i>Então fomos pra casa e tudo começou: Dudu, depois de 15 dias, começou a chorar dia e noite. Dia e noite. E a pediatra dizia que bebês choram.</i><br />
<i>Eu e meu marido ficávamos, às vezes, até 3 horas durante a madrugada tentando consolá-lo e nada, ele não dormia, só chorava.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Eu, que nunca tinha segurado um bebê no colo na vida, me vi com um que era minha total responsabilidade e que, por três meses, só chorava.</i><br />
<i>Quantas vezes meu marido chegava do trabalho e encontrava nós dois, Dudu e eu, chorando. Hoje ele me diz que naquele tempo pensava: "e agora, qual dos dois eu socorro primeiro?".</i><br />
<i><br /></i>
<i>Quando meu marido saia pra trabalhar eu já ficava tensa. Eu não sentia prazer em ficar perto do meu bebê, foi isso que eu disse pra pediatra na nossa terceira consulta, pedi pra ela me ajudar e que se ela não me ajudasse eu ia mudar de pediatra. Meu bebê estava sofrendo e, consequentemente, toda a família.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Hoje eu consigo falar sobre isso, mas sofri em silêncio muito tempo, justamente por causa das julgadoras de plantão, aquelas que tentam fazer a gente se sentir mal. Como já falei anteriormente, existe uma visão romantizada da maternidade que não é verdade. É muito difícil. É extremamente cansativo. Tem dias que você quer sumir.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas voltando a pediatra, ela sugeriu remédios para refluxo que começariam a fazer efeito em pelo menos uma semana. Eduardo tomou o remédio e naquele mesmo dia parou de chorar. Descobrimos! Foi muito bom saber o que causava tanto mal pro nosso bebezinho.</i><br />
<br />
<i>Hoje meu filho já vai fazer sete meses, esbanja saúde e eu sou a mulher mais feliz do mundo! Ser mãe é a maior alegria da minha vida. Eu, como toda mamãe, sou a mulher mais feliz do mundo! Meu filho é o maior presente que eu ganhei. Eu agradeço todos os dias por ele. E peço pela sua saúde e proteção.</i><br />
<br />
<i>Outro dia me disseram: "nossa, como bebês são dependentes, como eles precisam da mãe". Eu logo respondi: "eu preciso muito mais dele do que ele de mim"."</i><br />
<i><br /></i>
<i>Ana é mãe de primeira viagem do Eduardo.</i><br />
<i><br /></i>
*Esse depoimento encontra-se no capítulo "A ma/paternidade é transformadora" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a>Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-20898189822999648682016-06-30T10:13:00.000-03:002017-01-05T10:55:49.651-02:00Baby Blues<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-QcDbhsKrmcU/V3UauUQMr-I/AAAAAAAAAQw/GMsq73WXM6oia7Kh-2147RlmsJjcMotQwCLcB/s1600/maes3006.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-QcDbhsKrmcU/V3UauUQMr-I/AAAAAAAAAQw/GMsq73WXM6oia7Kh-2147RlmsJjcMotQwCLcB/s400/maes3006.png" width="400" /></a></div>
Muitas mulheres, logo após o parto, passam por um mix de emoções, melancolia, tristeza e alterações de humor. Essa fase é conhecida como Baby Blues. <br />
<div>
<br /></div>
<div>
Hoje trouxemos o depoimento da mamãe Amanda, que contou para gente como foi passar por esse momento. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div>
<i>"Desde o momento que cheguei no quarto da maternidade, eu chorava bastante. Achei que era emoção pelo momento inesquecível que havia vivido há algumas horas, porém a vontade de chorar continuou e, além disso, eu não tinha vontade de ver ninguém, não queria receber nenhuma visita. </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Meu marido ficou comigo no hospital e tudo o que eu fazia, chorava! Chorava para tomar banho, ir ao banheiro, amamentar. Eu dizia que o amava, agradecia a Deus pela vida dele, pelo apoio e carinho que ele estava tendo comigo. </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Ao chegar em casa, essa melancolia continuou, pedi para algumas pessoas nem irem me visitar, estavam ansiosas para conhecer o meu bebê, mas eu não estava bem para receber ninguém, e respeitaram o meu pedido. </i></div>
<div>
<i></i><br />
<a name='more'></a></div>
<div>
<i>Na verdade, a minha vontade era de sumir, estar em um lugar sozinha, sem nada e ninguém. Eu amava aquele serzinho que acordava a cada 3 horas para mamar, mas toda a dor que eu estava sentindo, dos pontos e da amamentação, o cansaço das noites mal dormidas, a volta do meu marido para o trabalho, o desafio de ser mãe e todas as dificuldades deste início, me faziam chorar, chorar e chorar. Eu lembro disso e até me emociono, pois até na consulta com o pediatra eu chorei, mal conseguia falar, mas ele nos acolheu e procurou ajudar também. Minha mãe e marido já não sabiam mais o que fazer. Eu pedia forças para Deus, pois achei que nunca mais sairia desse estado choroso, achei que ia ficar com depressão e confesso que temia muito por isso, pois não conhecia o tal "baby blues", até que ao pesquisar sobre esse choro excessivo pós-parto, achei a explicação. </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Após uns 10 dias eu já estava mais calma, bem melhor, mas foi um período muito angustiante. Sem o apoio e a paciência da minha família, não sei como seria. Hoje eu espero pelo menos um mês para visitar alguma amiga que teve bebê, pois é uma fase de adaptação importante, que para algumas mulheres é mais difícil, como foi para mim. Mas eu superei e aí nesta foto, no ensaio newborn, eu já estava bem, graças a Deus."</i><br />
<i><br /></i>
<i>Amanda é mãe do Pietro.</i><br />
<i><br /></i>
*Esse depoimento encontra-se no capítulo "Solidão, Baby Blues e Depressão Pós-Parto" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a></div>
</div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-5422105905894690512016-06-13T10:02:00.001-03:002017-01-05T10:56:46.792-02:00Da Angola para o Brasil<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-na0T2AxhCUs/V16ut1tlYoI/AAAAAAAAAQg/mBLNcBOqJD8xpmxoVYHsGxX9oTnxyP1tQCLcB/s1600/maes1406.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-na0T2AxhCUs/V16ut1tlYoI/AAAAAAAAAQg/mBLNcBOqJD8xpmxoVYHsGxX9oTnxyP1tQCLcB/s400/maes1406.png" width="400" /></a></div>
<div>
Vocês sabiam que o Brasil é referência em fertilização? Pois é, e hoje nossa linda história é da mamãe Luzia, angolana, que veio até aqui para engravidar e ter seu sonhado filho.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<i>“Em Angola, assim como em alguns outros países, uma mulher é reconhecida socialmente pela maternidade. Se não conseguimos engravidar, é aceito que o marido abandone a esposa ou tenha filhos fora do casamento. </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Eu sempre quis ser mãe, só não sabia que seria uma longa jornada. Depois de tentar por vias convencionais engravidar e não conseguir comecei a perder a esperança e optei por outros métodos. Foi quando fiz alguns tratamentos com ervas, mas sem sucesso. </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Resolvi procurar um ginecologista que me diagnosticou com endometriose e uma anomalia no útero, o que dificultaria muito a minha gestação. Com o objetivo de preservar meu casamento e ter uma família, viajei para Portugal em busca de ajuda. </i></div>
<div>
<i></i><br />
<a name='more'></a></div>
<div>
<i>Comecei os tratamentos de fertilização na Fundação, as tentativas não deram certo. Foram inúmeras tentativas em inseminação sem sucesso. No final de 2012 cheguei ao Brasil e recomecei os tratamentos com o <a href="http://mae.med.br/" target="_blank">Dr. Alfonso</a>, em São Paulo, com ele fiz cinco tentativas e a última deu certo, graças a Deus!</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Aos 47 anos consegui engravidar! E ao mesmo tempo em que fiquei imensamente feliz também fiquei muito preocupada e triste. Foi um período muito conturbado na minha vida, pois além de estar longe do meu país de origem, perdi muitos familiares. O processo é doloroso e cansativo e se não tivermos um amparo fica complicado se concentrar na gestação. </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>O processo de gestação foi especialmente doloroso para mim, pois tive perdas que jamais serão reparadas. Primeiro minha amada mãe, depois meu irmão mais velho e por último minha filha de criação que faleceu em 2014 com 18 anos. Enquanto tudo isso acontecia em Angola eu passava dias de aflição e desespero no Brasil. Não consegui me despedir da minha mãe e vou levar esse sentimento comigo para o resto da vida. </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Hoje o Kidi tem 1 ano de idade e posso dizer que ele é a razão do meu viver. Consegui engravidar em um país desconhecido, longe da minha família, mas tudo valeu a pena. Eu faria tudo novamente se fosse necessário! O sabor da vitória é indescritível. Desejo muita força e paciência para as mulheres que estão nesta luta.”</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Luzia é mãe do Kidi. </i><br />
<i><br /></i>
*Esse depoimento encontra-se no capítulo "As histórias por trás dos tratamentos para engravidar" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a></div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-13690997069442712612016-06-01T14:34:00.000-03:002017-01-05T10:57:29.779-02:00Solidão Materna<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-MMuET1jKEOo/V08cSvK1cxI/AAAAAAAAAQQ/JfLYkPavOLgPNlGizXX7s3oM2amGj3S7wCKgB/s1600/maes0106.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-MMuET1jKEOo/V08cSvK1cxI/AAAAAAAAAQQ/JfLYkPavOLgPNlGizXX7s3oM2amGj3S7wCKgB/s400/maes0106.png" width="400" /></a></div>
Mamães, hoje vamos dividir com vocês um texto muito bacana da Kely Varela, do blog <a href="http://www.magicasdemae.com.br/" target="_blank">Mágicas de Mãe</a>, sobre um assunto super importante e que deve sempre ser discutido.<br />
<div style="text-align: start;">
<i style="text-align: center;"><br /></i></div>
<div style="text-align: start;">
<i style="text-align: center;">"Solidão materna existe! Parece uma frase fora de contexto. A mulher acaba de parir. Trouxe ao mundo seu maior bem. Tem em seus braços um lindo bebezinho com quem passará a dividir exclusivamente todos os momentos da sua vida, por um bom tempo.</i></div>
<br />
<i><br /></i>
<i>Então como eu posso falar de solidão materna?</i><br />
<i><br /></i>
<i>O fato é que a mulher passou volta de 40 semanas gestando seu filho. Momento em que ela e sua barriga são o centro das atenções. Tudo é voltado para que ela tenha o maior conforto possível durante a gestação.</i><br />
<i><br /></i>
<i>O bebê nasce. Saí de cena o barrigão da mãe e entra o chorinho do bebê. Se for seu primeiro filho, verá que vai estar rodeada de pessoas. Todo mundo vai até a maternidade para conhecer o novo pequeno. Na sua casa vão estar disponíveis as duas avós e se bobear mais meia dúzia de amigas ou tias, todas querendo ajudar. Talvez você até sofra com tantos cuidados. Os dias vão passar e quando você se der conta seu período de puerpério já terá acabado. Provavelmente se você possuía alguém te ajudando, essa pessoa vai voltar para a vida dela. E você vai ficar em casa, sozinha com seu bebê.</i><br />
<i></i><br />
<a name='more'></a><br />
<i>Isso é maravilhoso. Mas só isso não é.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Nós precisamos dividir a vida. Precisamos compartilhar as alegrias do primeiro sorriso do bebê com alguém. Precisamos desabafar sobre as noites mal dormidas e o cansaço que toma conta do nosso corpo. Acredite, por vezes você vai desejar alguém para chorar todas as suas frustrações e medos.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Passamos geralmente 8 a 9 horas sozinhas com nosso filho. Neste período você dará atenção para as atividades que envolvem os cuidados com a criança, com a casa e com a sua alimentação. Haverá dias que você mal conseguirá comer. Vai acontecer do bebê ficar doente e precisar mais ainda do seu carinho e atenção. Nestes dias em especial você vai torcer para que alguém te ligue e pergunte como vai a sua vida, se tudo está indo bem e se por algum acaso você, mãe, precisa de alguma coisa. Só que chega o fim do dia e você que era rodeada de tanta gente, não recebeu nenhum telefonema e espera ansiosa a chegada do seu marido para dividir seu dia com ele.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas onde estão todas as pessoas que fazem parte da sua vida?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Vão estar cuidando da vida delas. Elas também possuem trabalho, família, cachorro etc e tal.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Esse vazio, causado pelo sumiço repentino (nem tão repentino) de todas aquelas pessoas dos primeiros dias, por vezes pode nos causar uma sensação de abandono. A tal da solidão materna. Será que não somos pessoas queridas para nossa própria família? Será que meus amigos esqueceram de mim?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Certamente a resposta vai ser não. A família, que geralmente engloba avós, irmãos e alguns tios ou primos mais chegados, como eu disse, devem estar cuidando de algo importante naquele momento. Você aí pode me dizer “Poxa, mas eu e meu bebê não somos importantes?” São sim. Mas acredite, muita gente não se dá conta de que pode estar sendo uma figura ausente nesta fase tão importante para você. Talvez você precise ligar para estas pessoas e falar abertamente sobre seus sentimentos. Contar suas frustrações em relação ao outro. Provavelmente vai fazer com que essas figuras percebam que você e seu bebê precisam delas.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Seus amigos, se não tem filhos, podem achar que a presença deles em excesso pode vir a atrapalhar. A sensação que eu e meu marido temos é a de que não podemos contar com ninguém nessa nova vida de pais. Sério! Não temos com quem contar, se nós não formos atrás dessas pessoas. E se é que conselho vale para alguma coisa, vá atrás dos seus amigos sim. Mostre para eles como você os estima e como para você a presença deles nesta nova etapa é se suma importância. A amizade que vocês construíram continua ali, só que agora com mais uma pessoa envolvida.</i><br />
<i><br /></i>
<i>O fato é que nós, mães, precisamos de alguém além dos nossos filhos e do nosso companheiro para ajudar a curar esta solidão materna. Essa convivência com outras pessoas só aumenta a nossa saúde física e emocional. Nos faz bem. Faz bem para nossos bebês."</i><br />
<i><br /></i>
<i>Kely é mãe da Raquel e do Samuel e tem o blog <a href="http://www.magicasdemae.com.br/" target="_blank">Mágicas de Mãe</a>. </i><br />
<i><br /></i>
*Esse depoimento encontra-se no capítulo "Solidão, Baby Blues e Depressão Pós-Parto" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a>Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-31724776778445217332016-05-17T13:45:00.000-03:002017-01-05T11:05:36.073-02:00Meu recomeço<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-iUX9GpbD8U8/VztKalltfVI/AAAAAAAAAQA/TTR34YICCGcF13D5v4Q2Lc9lUJRp5ZvqwCLcB/s1600/maes1705.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-iUX9GpbD8U8/VztKalltfVI/AAAAAAAAAQA/TTR34YICCGcF13D5v4Q2Lc9lUJRp5ZvqwCLcB/s400/maes1705.png" width="400" /></a></div>
<div>
A história de hoje é da mamãe do Lucca, a Emanuelle, que nos mostra que a maternidade transforma a nossa vida e que sempre podemos recomeçar. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
<i>"Minha história não é diferente das outras. Sou advogada e antes de engravidar ministrava aulas na faculdade. Trabalhava 12 horas por dia e aos sábados também das 8:00 às 17:00. Estava há um passo do mestrado. Mas o sininho tocou e eu quis me tornar mamãe. </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Depois de diversas tentativas e frustrações, engravidei. Já estava morando com meu marido há 3 anos e na minha cabeça estava tudo equacionado. Mas treino é treino e jogo é jogo. A vida mudou durante o parto, fui vítima de violência obstétrica, tive uma alergia ou sei lá o que, uma espécie de queimadura de 2º grau com imensas bolhas nas pernas. Antes de desaparecer, meu médico disse que eu era fresca e que deveria colocar cinta, pois homem gosta é de mulher magra, como se não bastasse ganhei 10 kg em uma semana e de quebra minha pressão chegou a 18, mas vamos que vamos. </i></div>
<div>
<i></i><br />
<a name='more'></a></div>
<div>
<i>Depois que recebi meu Lucca tudo que eu construí se perdeu, eu já tive depressão, então as coisas começaram a ruir. Comecei a ter medo de sequestro, crises de choro e não aceitar que eu não estava bem. Meu trabalho não progredia, comecei a me culpar por tudo. Então , fui ganhando quilos pois tomei pavor de academia. Nada de fotos. Nada de vida! Mas o meu amor pelo Lucca só aumentava. </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Mesmo com babá não saia de casa, a situação estava se complicando até que a pediatra dele me encaminhou para um psicólogo pois meu bebê não estava ganhando peso e eu não queria introduzir mamadeira. Pois bem, em abril do ano passado aceitei que algo não estava legal e fui me consultar com um irologista, um médico que estuda nossa íris. E foi o divisor de águas. Ele me perguntou: "quem é você?" Eu não sabia responder. Sorri e disse: "acho que sou a mãe do Lucca". E ele me disse: "se eu fosse o Lucca desejaria ter uma mãe feliz". E foi aí que decidir sair do casulo. Ele me falou para procurar uma atividade que eu gostasse. Na verdade, eu não conseguia gostar de nada. Estava insatisfeita com meu trabalho, com a minha vida, comigo mesma. Não aceitei ingerir os antidepressivos, comecei a fazer tratamento com homeopatia e florais. Quando as coisas começaram se acalmar, surgiu a ideia de abrir um negócio próprio, pensei numa loja e assim surgiu a Piliculico Modas. Sim, é por isso que eu estou aqui, engatinhando nessa nova empreitada. Acho que estamos no mesmo barco." </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Emanuelle é mãe do Lucca. </i><br />
<i><br /></i>
<i><br /></i>
*Esse depoimento encontra-se no capítulo "A ma/paternidade é transformadora" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a></div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1365643735528862355.post-230772920516130992016-04-26T09:36:00.001-03:002017-01-05T11:13:04.929-02:00Minha semente que cresceu fora de mim<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-3bJYzQgStfs/Vx9gv4j0udI/AAAAAAAAAPw/4hLNQdAsO24g26x7uipuxDEiSg3b_MPEACLcB/s1600/maes2604.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-3bJYzQgStfs/Vx9gv4j0udI/AAAAAAAAAPw/4hLNQdAsO24g26x7uipuxDEiSg3b_MPEACLcB/s400/maes2604.png" width="400" /></a></div>
<div>
Nosso depoimento de hoje é da Adriane, mamãe da Maria. Nesse lindo relato ela conta como foi adotar e nos mostra o tamanho de seu amor. </div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>"Início da década de oitenta, e uma matéria sobre órfãos passa na TV. Minha mãe sugere, emocionada, que adotássemos uma menininha. Naquele mesmo momento, já imagino o meu quarto, habitado por mim e uma de minhas irmãs, dividido por três. Visualizo o arrastar das camas e um bercinho entre nós. Creio que ali estava plantada a semente.</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Década de noventa. Ainda bem jovem, acompanho as expectativas de uma jovem professora, e também amiga, e presencio o processo de adoção de sua filha. Digo a ela, que é solteira, que gostaria de detalhes de tudo, porque planejo adotar também. Certeza da semente germinada.</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Anos se passaram, e com eles, o desenvolvimento próprio, carreira profissional equilibrada, independência, viagens pelo mundo, experiências, diversão e amadurecimento. Havia chegado a hora. Aquela semente tinha que brotar.</i></div>
<div>
<i></i><br />
<a name='more'></a></div>
<div>
<i>Assumi meu desejo de ser mãe, e comecei os preparativos para isso. Busquei informações, e descobri que iniciar o processo de adoção era bastante simples. Reuni os documentos necessários, e os apresentei na Vara da Infância e Juventude de minha cidade.</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Meu estado civil não deveria ser um motivo a me impedir de viver minha vida plenamente, e isso certamente incluía a maternidade. O que, para mim, era de clareza enorme, todavia, não o era para os outros. Ouvi muitos comentários que questionavam a minha “coragem”, primeiramente, de fazer a opção consciente de ser mãe solteira. Em seguida, pela escolha da adoção. “Você não pode ter seu próprio filho? Tem problemas de saúde?”, “Por que você não engravida?”, “Você não tem medo disso?”, “Já ouvi casos em que tudo deu errado!”, foram os mais comuns. Alguns absurdos bem piores também foram ditos, e não valem a pena a repetição. Tudo isso foi solenemente ignorado, a ponto de não me lembrar a origem dessas bobagens.</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Por outro lado, quem realmente importa para mim, sempre esteve ao meu lado! Minha família abraçou completamente o meu projeto, e amigos genuínos participaram da minha espera, torcendo comigo. Durante toda a minha gestação, que não tinha prazo para acabar, senti sua expectativa e suas orações para que meu plano deixasse de ser sonho, e virasse verdade. A espera era dolorosa, mas contar com eles fez o caminho ficar mais suave.</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Depois de entrevistas com uma psicóloga (que, tamanha a empatia, se transformou mais tarde em uma amiga querida), e visitas da assistente social, fui considerada pela Justiça como habilitada, ou seja, ganhei o “carimbo” de estar apta para a adoção. </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Depois de dois anos e meio da minha primeira entrada no Fórum, chegou a minha hora. Como me propus a ir buscá-la em qualquer lugar, peguei dois aviões e atravessei o país ao encontro de minha filha. Nunca mais viverei momentos de tanta ansiedade, pois minha semente estava prestes a brotar. </i></div>
<div>
<i>O momento do encontro foi mágico. Finalmente estava com ela no colo, olho no olho. Acariciei aquelas mãozinhas e pezinhos, e olhei cada pedacinho daquele corpo moreno, daquela bebê cabeluda que Deus me tinha enviado. Muitas lágrimas e coração acelerado. Se Ele nunca mais me concedesse graça alguma, já teria feito muito por mim. </i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Minha filha chegou com três meses de idade, há sete anos, e desde então é a razão de tudo o que eu faço. É idolatrada pelos avós, com quem tem uma conexão e ligação quase umbilical. Verdadeira princesa dos tios, xodó de todos os meus amigos. É meiga, inteligente, divertida, e ainda por cima, linda. Minha grande parceira. Nosso milagre.</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Ela sabe de sua origem, e não tem problemas com sua história. Meu desejo é que, crescendo, ela tenha orgulho de tudo o que ela é. A quem questiona a atitude de sua genitora biológica, respondo que tamanho ato de desapego só pode ser feito por amor incondicional, e por isso, embora não a conheça, a considero minha melhor amiga, pois através dela minha princesa nasceu, e por causa dela, minha vida brilha.</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Por que optar pela adoção? Por que não uma “produção independente”, como alguns sugeriram? Porque eu tinha a certeza de que eu queria a minha menina, e que, em algum lugar, essa minha menina já existia, também me queria e me aguardava. E eu estava certa! Hoje, a minha semente cresce ao meu lado, é uma bela mudinha, que me enche de orgulho. Sei que ela vai se tornar uma árvore frondosa, que acolherá muita gente em sua sombra agradável e generosa.</i></div>
<div>
<i> </i></div>
<div>
<i>Todos os dias, ao lado da minha Maria, celebro a vida. Com frequência, me surpreendo a observando durante o sono, serena, e agradecendo por ter sido tão abençoada. Gerar certamente é maravilhoso e inesquecível, mas a adoção também é. Não sou “mãe adotiva”, “mãe de criação”, “mãe do coração”, “mãe de alma”. Sou MÃE e ponto final. Pode haver amor igual, mas nunca maior do que esse."</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>Adriane Gonçalves é mãe da Maria.</i><br />
<i><br /></i>
<i><br /></i>
*Esse depoimento encontra-se no capítulo "Filhos do coração" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: <a href="http://bit.ly/2gbmuNY">http://bit.ly/2gbmuNY</a></div>
Somos Mãeshttp://www.blogger.com/profile/13972033266499860874noreply@blogger.com4