22/09/2015

Depressão pós-parto


A depressão pós-parto ocorre logo após o parto e atinge cerca de 10% das mulheres. As mamães podem notar sintomas como tristeza e desesperança. Devido às alterações hormonais do final da gravidez, muitas mulheres têm alterações de humor e crises de choro após o parto, que passam em poucos dias. 

No entanto, a depressão pós-parto é mais intensa e com maior duração. Uma mulher acometida por ela fica cada vez mais ansiosa e tomada por sentimentos desagradáveis. Confira abaixo os sintomas mais comuns, mas lembre-se que mesmo que você tenha alguns deles, nem sempre será um quadro de depressão, por isso, é muito importante procurar ajuda médica para o diagnóstico e tratamento correto, que pode incluir remédios e terapia. 

Tristeza constante, especialmente na parte da manhã e/ou à noite
Sensação de que não vale a pena viver e de que nada de bom vem pela frente
Sensação de culpa e de responsabilidade por tudo
Irritabilidade e falta de paciência com parceiro e filhos
Choro constante
Exaustão permanente, acompanhada de insônia
Incapacidade de se divertir
Perda do bom humor
Sensação de não conseguir lidar com as circunstâncias da vida
Enorme ansiedade em relação ao bebê e busca constante por garantias, por parte de profissionais de saúde, de que ele está bem
Preocupação com sua própria saúde, possivelmente acompanhada pelo temor de ter alguma doença grave
Falta de concentração
Sensação de que o bebê é um estranho e não seu próprio filho

Não há uma causa específica para a depressão pós-parto. Fatores físicos, emocionais e de estilo de vida podem influenciar de alguma forma no surgimento da doença e é mais recorrente em mulheres que já tiveram antecedentes, seja manifestação de doença mental, traumas ou falta de estrutura emocional para lidar com algum problema durante a gravidez. 

A mamãe Aline Mercer passou por um quadro de depressão pós-parto e compartilhou com a gente sua experiência:

“Olá, meu nome é Aline e tenho uma linda bebezinha que hoje está com um ano e oito meses e é a maior alegria da minha vida, mas nem sempre foi assim. Tive uma gravidez tranquila sem nenhum problema aparente, mas quando cheguei no sétimo mês de gestação, comecei a ter picos de pressão alta, comecei então a tomar medicação para controlar e fui assim até o oitavo mês de gestação, quando a medicação deixou de fazer efeito e tive uma pré-eclâmpsia. Minha bebê nasceu em uma cesariana realizada às pressas, mas graças a Deus estava forte e saudável, entretanto eu não estava, nos primeiros dias só conseguia chorar e ter uma preocupação desesperada com a saúde da bebê, não conseguia comer, não conseguia dormir, só tinha um sentimento de incapacidade, de tristeza, de que nada mais na vida fazia sentido. Parecia que nunca mais seria feliz novamente. Isso se arrastou por três longos meses quando finalmente por desespero meu marido resolveu me levar a uma consulta com a minha obstetra, quando olhei para ela comecei a chorar e ela logo de cara falou: depressão pós-parto. Nunca havia me passado pela cabeça que aquilo seria depressão pós-parto, eu não entendia como a coisa que deveria me tornar a pessoa mais feliz do mundo podia me fazer sentir no fundo do poço, eu amava minha filha, ela tinha sido tão sonhada, tão planejada, porque eu estava assim? Bem, hoje eu sei que uma série de fatores pode levar uma recém mãe a ter depressão pós-parto, mas na época não tive essa orientação, por isso gostaria de compartilhar essas informações com vocês, mãezinhas, para que caso sintam esses sintomas não fiquem sofrendo sozinhas, procurem ajuda. Não se sintam mães ruins por conta disso. Depressão pós-parto é uma coisa séria e que infelizmente pode acometer qualquer uma. Hoje me sinto a mãe mais feliz, realizada e coruja do mundo, e tudo que não consegui aproveitar nos três primeiros meses de vida da minha filha aproveito agora, com muitos mimos e todo amor incondicional que eu posso dar. Beijos, mamães! ”

Lembre-se: depressão pós-parto não é uma fraqueza e nem falha de caráter, procure ajuda o quanto antes, pois o tratamento imediato pode ajudar a lidar com os sintomas e desfrutar de seu bebê. 

Aline Mercer é mãe de primeira viagem e adora escrever.

*Esse depoimento encontra-se no capítulo "Solidão, Baby Blues e Depressão Pós-Parto" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: http://bit.ly/2gbmuNY

2 comentários:

  1. Adorei o post Acácia, espero que mais mamães se animem a compartilhar conosco suas experiências ! Beijos!!!

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  2. Olá sou mãe pela primeira vez E está sendo encrivel pois sei q tudo vai passar e a minha maior recompensa virá e terei minha pequena daphine em meus braços e pra vc q está descobrindo esse mundo novo assim como eu não se preocupe enjoo passa dores nas costa passa azia passa mais o q vai deixar vc mais orgulhosa e ver seu BB sorri pra vc a primeira vez

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