17/05/2016

Meu recomeço


A história de hoje é da mamãe do Lucca, a Emanuelle, que nos mostra que a maternidade transforma a nossa vida e que sempre podemos recomeçar. 

"Minha história não é diferente das outras. Sou advogada e antes de engravidar ministrava aulas na faculdade. Trabalhava 12 horas por dia e aos sábados também das 8:00 às 17:00. Estava há um passo do mestrado. Mas o sininho tocou e eu quis me tornar mamãe. 

Depois de diversas tentativas e frustrações, engravidei. Já estava morando com meu marido há 3 anos e na minha cabeça estava tudo equacionado. Mas treino é treino e jogo é jogo. A vida mudou durante o parto, fui vítima de violência obstétrica, tive uma alergia ou sei lá o que, uma espécie de queimadura de 2º grau com imensas bolhas nas pernas. Antes de desaparecer, meu médico disse que eu era fresca e que deveria colocar cinta, pois homem gosta é de mulher magra, como se não bastasse ganhei 10 kg em uma semana e de quebra minha pressão chegou a 18, mas vamos que vamos. 

Depois que recebi meu Lucca tudo que eu construí se perdeu, eu já tive depressão, então as coisas começaram a ruir. Comecei a ter medo de sequestro, crises de choro e não aceitar que eu não estava bem. Meu trabalho não progredia, comecei a me culpar por tudo. Então , fui ganhando quilos pois tomei pavor de academia. Nada de fotos. Nada de vida! Mas o meu amor pelo Lucca só aumentava. 

Mesmo com babá não saia de casa, a situação estava se complicando até que a pediatra dele me encaminhou para um psicólogo pois meu bebê não estava ganhando peso e eu não queria introduzir mamadeira. Pois bem, em abril do ano passado aceitei que algo não estava legal e fui me consultar com um irologista, um médico que estuda nossa íris. E foi o divisor de águas. Ele me perguntou: "quem é você?" Eu não sabia responder. Sorri e disse: "acho que sou a mãe do Lucca".  E ele me disse: "se eu fosse o Lucca desejaria ter uma mãe feliz". E foi aí que decidir sair do casulo. Ele me falou para procurar uma atividade que eu gostasse. Na verdade, eu não conseguia gostar de nada. Estava insatisfeita com meu trabalho, com a minha vida, comigo mesma. Não aceitei ingerir os antidepressivos, comecei a fazer tratamento com homeopatia e florais. Quando as coisas começaram se acalmar, surgiu a ideia de abrir um negócio próprio, pensei numa loja e assim surgiu a Piliculico Modas. Sim, é por isso que eu estou aqui, engatinhando nessa nova empreitada. Acho que estamos no mesmo barco." 

Emanuelle é mãe do Lucca. 


*Esse depoimento encontra-se no capítulo "A ma/paternidade é transformadora" do nosso primeiro livro. Leia outros depoimentos, bem como textos de profissionais convidados adquirindo o livro através do link: http://bit.ly/2gbmuNY

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