26/01/2017

Nasci para adotar

"Minha mãe conta que desde pequena eu via crianças menores e dizia “vamos levar pra casa, mamãe?” e ela respondia “esse bebê não é nosso, Adriana, olha a mãe dele”, eu insistia “vamos pedir pra ela!”

Quando comecei a namorar “sério” perguntei ao meu namorado se ele fazia questão de ser pai biológico, pois eu queria adotar e se ele não concordasse era melhor terminar tudo ali mesmo. Ele respondeu que ficaria comigo para o que eu quisesse e depois de 2 anos nos casamos. Entramos na
fila de adoção. Não impusemos nenhum tipo de restrição, seria nossa a criança que aparecesse!

 Mesmo assim, foram 3 anos de espera. Eu não aguentava mais ver o meu número na fila que não andava. Até que um dia me ligou uma assistente social. Havia um menino de 1 ano. Cheguei antes do meu marido e de cara me apaixonei pelo Miguel!

Quando meu marido chegou fomos informados de que ele tinha um irmão de 3 anos e que não era possível separar os dois. Não tivemos dúvida: queríamos os dois! Muita burocracia depois, idas e vindas, e finalmente estávamos com nossa família em casa.

20/01/2017

Minha decisão de ser mãe foi só minha


"Minha história começa quando tomei a decisão de ser mãe.  Sempre tive muita afinidade com crianças, mas a minha vontade de ser mãe surgiu por volta dos 25 anos, quando eu já tinha certeza de que eu queria ser mãe.

Eu tinha uma parceira e começamos a conversar sobre como faríamos para ter filhos. Assim surgiu a ideia de fazer uma fertilização in vitro. Nessa época, com 25 anos, comecei a pesquisar sobre isso, também comecei a quebrar alguns mitos dentro de mim, dentro do que eu achava certo e errado, comecei a ver preço e entender melhor todo esse processo. Muita coisa aconteceu e esse meu "projeto" foi adiado. Somente agora, aos 32 anos de idade, é que de fato decidi realizá-lo, pois tenho uma situação estável financeiramente e na família. Tenho um relacionamento de cinco anos, mas a decisão de ser mãe foi única e exclusivamente minha, não foi uma decisão da minha parceira, nem com a participação dela. Então, independente do que ela decidisse, eu já estava com isso definido, eu queria ser mãe, sim. Fui buscar os melhores médicos, as melhores clínicas, fui me informando sobre todo o procedimento da FIV. Como eu sou da área da saúde, tive bastante facilidade em ter essas informações e acabei escolhendo uma clínica por indicação de uma amiga.

12/01/2017

Julgadores de plantão


"Confesso que sempre reparei na reação de algumas mães por aí. Pensava: “Quando eu tiver meu filho vai ser diferente: ele não fará birras, ele vai se comportar bem porque eu vou saber educá-lo para isso.
Porém, quando meu filho nasceu tudo foi diferente. Passei de juíza a réu. Ser mãe parece uma tarefa muito fácil para quem não está dentro da situação. Nem sempre a reação de uma mãe agrada a todos e, mesmo sem saber o real motivo daquela situação, as pessoas tendem a tirar conclusões precipitadas ou intrometer-se onde não convém. Certa vez meu filho teve um episódio de constipação intestinal e fomos ao hospital. Por esperar muito tempo em jejum para realização de um exame, meu filho começou a pedir comida.

- Mãe, me dá pastel? Mãe, me dá chocolate?

A enfermeira me questionou se ele só comia isso, pois não podia, afinal aquele problema que estávamos enfrentando no momento era de má alimentação. Respondi que não, que ele comia outras coisas sim, que aquele episódio foi algo isolado e que ele pede coisas gostosas por ser criança, ele ainda não sabe o que é ou não saudável, ele tem apenas 2 anos de idade.